De acordo com Oliver Derkorski, chefe da comissão, quase 99% dos votos foram já contabilizados, dando a vitória ao candidato do partido no poder.

Gordana Siljanovska Davkova, 63 anos, candidata conservadora do principal partido da oposição (VMRO-DPMNE), obteve 44,5% dos votos.

Os dois candidatos tinham conquistado cerca de 42% dos votos cada um na primeira ronda das eleições, a 21 de abril, com três candidatos na corrida presidencial.

Mesmo antes do anúncio oficial, os militantes do partido social-democrata tinham-se concentrado no centro de Skopje, capital do país, para celebrar a vitória.

“Esta é uma vitória para todos os que acreditaram que temos de continuar juntos, em frente, e prometo que servirei todo o povo com igualdade”, disse Pendarovski, 55 anos, a partir da sede do seu partido, agradecendo ao povo pela “escolha sábia”.

O primeiro-ministro, Zoran Zaev, disse que entre os objetivos do futuro estão “a continuidade do progresso… em direção à NATO e à União Europeia”.

Siljanovska, por seu turno, aceitou a derrota: “Os números dizem derrota, mas eu estou satisfeita. Eu não perdi a batalha”, disse.

Observadores das eleições dizem ter registado algumas infrações, nomeadamente alguns distúrbios nas assembleias de voto e eleitores a fotografarem os boletins com os telemóveis.

As assembleias de voto abriram às 07:00 (06:00 em Lisboa) para os eleitores, num país com 2,1 milhões de habitantes, elegerem o sucessor do atual chefe de Estado, o conservador Gjorge Ivanov, que desempenha o cargo desde maio de 2009 e não pode repetir o mandato.

O facto de nenhum dos candidatos ter alcançado, na primeira volta, a fasquia mínima exigida de 50% mais um dos votos expressos, prevista na lei eleitoral para legitimar um vencedor, implicou esta nova chamada às urnas.

A votação de 21 de abril, após uma campanha em que a alteração do nome oficial do país para República da Macedónia do Norte foi tema central, registou a mais baixa taxa de participação (41,82%) de todas as presidenciais dos últimos 15 anos nesta ex-república jugoslava. Caso a taxa de participação não atingisse um mínimo de 40%, a primeira volta teria de ser repetida.

A Macedónia do Norte e a Grécia alcançaram um acordo em 2018 para terminar com quase três décadas de contencioso sobre o nome da Macedónia.

Os resultados de 21 de abril confirmaram a fratura política no país após a assinatura do Acordo de Prespes sobre a alteração do nome, muito contestado nos dois países.

O presidente cessante macedónio foi o principal opositor deste acordo, tendo-se inclusive negado a assiná-lo, numa posição idêntica quando lhe foi apresentada a lei que forneceu ao albanês o estatuto de segunda língua oficial do país.

Por fim, o Acordo de Prespes acabou por ser legitimado pelos parlamentos dos dois países.

O Presidente eleito, com funções essencialmente protocolares, será o quinto desde a proclamação da independência em 1991, em plena desagregação da Jugoslávia federal.

O primeiro chefe de Estado foi Kiro Gligorov, entre 1991 e 1999; seguiram-se Boris Trajkovski (1999 a 2004), Branko Crvenkovski (2004 a 2009), e o atual titular, Gjorge Ivanov.

O Presidente da Macedónia do Norte é comandante em chefe das Forças Armadas, fornece o mandato para a formação de um novo governo, assina leis e acordos internacionais e designa embaixadores.