"Há muitos projetos pendentes [no PDR 2020]. Ontem, vinha uma notícia a dizer que há uma guerra aberta entre o Ministério da Agricultura e a CAP. É totalmente falso, não há guerra aberta nenhuma. Há aqui uma forma diferente de olhar para os números e os números são aquilo que são", explicou Eduardo Oliveira e Sousa.
O presidente da CAP, que falava em Castelo Branco, onde se deslocou para reunir com agricultores e associações do setor, avançou com alguns números "emblemáticos".
"O Governo considera que os jovens agricultores são muito importantes e então retirou-os do conjunto dos projetos e criou uma rubrica só para os jovens agricultores. Meteu lá 50 milhões de euros e consignou 35 milhões. Quantos projetos estão aprovados? Zero. Quantos euros estão pagos? Zero. É só isto. Portanto, há alguma coisa que não está a correr muito bem", afirmou.
Este responsável explicou que o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, sustentou que a CAP diz que o prazo é 2020 e afinal é 2023.
"Mas, 2023 é aquela tolerância que há para depois se concluir. Não. O prazo oficial é 2020 para conclusão. A partir de 2020 não há mais contratos. Esta situação precisa de ser melhorada, a forma como são despachados os projetos, como são analisados os projetos, como são feitos os pedidos de pagamento", sustentou.
Eduardo Oliveira e Sousa adiantou que já tiveram duas reuniões com Capoulas Santos sobre esta matéria.
"Dissemos ao senhor ministro que vamos fazer uma radiografia. Vamos pedir às organizações que nos digam, preto no branco, o que é que está a correr mal. Vamos fazer a lista e vamos entregá-la ao senhor ministro. Precisamos de fazer essa radiografia e queremos ajudar a resolver este problema, porque o problema está identificado", concluiu.
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