"É uma colega pela qual tenho muito apreço, que passou, como todos nós – mas, ela de uma forma particularmente acentuada -, momentos muito difíceis, mas compreendo a sua decisão", disse aos jornalistas Capoulas Santos, que falava durante uma visita ao Pinhal de Leiria, fortemente afetado pelo incêndio que deflagrou no domingo.
Capoulas Santos sublinhou que a organização do Governo "é uma competência exclusiva do senhor primeiro-ministro", referindo que António Costa "decidirá no momento próprio a forma de ajustamento do governo que entender adequada".
"A permanência no governo parte de um convite do senhor primeiro-ministro e a cessação de funções de qualquer ministro parte da comunicação do senhor primeiro-ministro. Quem está nesta função sabe sempre que o horizonte é o dia seguinte", frisou.
Sobre a moção de censura ao Governo anunciada pelo CDS-PP, o membro do executivo realçou que todos os partidos políticos têm esse direito e podem exercê-lo "quando bem entenderem".
"Neste caso concreto, o CDS resolveu anunciar num momento em que estamos em luto nacional, em que o país está mergulhado neste momento de dor que a todos atinge", notou, afirmando que o Governo será submetido, através dessa moção de censura no parlamento, a "um teste de legitimação".
Durante a visita à zona afetada junto à costa do distrito de Leiria, o ministro vai reunir-se, na Câmara da Marinha Grande, com os autarcas dos concelhos afetados pelo incêndio nesta região.
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, apresentou um pedido de demissão, que foi aceite pelo primeiro-ministro, anunciou hoje o gabinete de António Costa
Constança Urbano de Sousa diz na carta de demissão enviada ao primeiro-ministro que pediu para sair de funções logo a seguir à tragédia de Pedrógão Grande, dando tempo a António Costa para encontrar quem a substituísse.
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