O também presidente da Cáritas Internacional apelou hoje, no Santuário de Fátima, para a solidariedade para com “os famintos, os sedentos, os despidos, os sem-abrigo, os estrangeiros e os prisioneiros”.
O arcebispo de Manila, capital das Filipinas, considerou, durante a homilia, que este é o legado que se deve deixar no mundo, para lá do sucesso, da estabilidade financeira e boa reputação.
Já antes, Luis Antonio Tagle considerara que é preciso parar, fazer-se uma autoavaliação e refletir se a crença ainda tem um lugar naquilo que as pessoas definem de “uma vida boa”.
“O nosso mundo de hoje tem imagens de uma vida ‘abençoada': muito dinheiro, o último modelo de roupas, carros, perfumes e aparelhos eletrónicos, fama, influência, segurança”, disse, frisando que, apesar de esses não serem desejos maus, é necessário garantir que “a fé ainda tem um lugar importante” no conceito de “uma vida boa”.
Durante a missa, o cardeal António Marto, bispo de Leiria-Fátima, agradeceu a todos os peregrinos que marcaram presença na Cova da Iria, repetindo o apelo de Luis Antonio Tagle para que as pessoas sejam solidárias, em participar, “aos que sofrem, aos mais frágeis e abandonados”.
De acordo com estimativas do gabinete de comunicação do Santuário de Fátima, cerca de 200 mil peregrinos estão hoje presentes no último dia da peregrinação internacional de maio.
Segundo a mesma fonte, no domingo, terão estado 250 mil peregrinos a participar nas cerimónias.
A peregrinação internacional de maio, que decorre 102 anos após os acontecimentos da Cova da Iria e dois anos após a visita do Papa Francisco, tem como tema “Dar graças por peregrinar em Igreja”.
A escolha de Luis Antonio Tagle para presidir à celebração é mais um sinal de atenção do Santuário de Fátima à Ásia, tendo sido escolhidos dois bispos daquele continente para presidir às peregrinações de maio e de outubro de 2018. Este ano, em outubro, será também um cardeal asiático a presidir, o arcebispo de Seul, capital da Coreia do Sul.
Segundo o Santuário de Fátima, inscreveram-se para a peregrinação internacional 202 grupos de 40 países.
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