“Isto é tão sério que, ainda que possamos sorrir, é algo que nos tem que preocupar muito. Não temos consciência do que nos pode acontecer”, disse o antigo jogador do FC Porto e do Real Madrid, desde a sua casa no Porto, onde acompanha a situação.
Em declarações à rádio espanhola Onda Cero, Casillas, de 38 anos, reconheceu que na qualidade de “doente de risco”, após o ataque cardíaco que sofreu num treino do FC Porto em maio de 2019, cumpre todas as recomendações.
“O Governo [português] reagiu muito rápido aos casos na China e em Espanha, e fê-lo bastante bem. Aprenderam a lição rápido e esses cinco ou seis dias em que agiram antes serviu para parar o golpe deste ‘tsunami'”, comentou o antigo guarda-redes.
Em relação à intenção de concorrer à liderança do futebol espanhola, numa federação que é atualmente dirigida por Luís Rubiales, disse que este não é o momento para falar do assunto e que muita coisa está a mudar.
“O Iker de há um ano e o de agora não são o mesmo. E, com o coronavírus, a experiência diz que vai mudar muitos na maneira de pensar e fazer. Não digo a 100%, mas quase seguramente”, comentou o espanhol.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 133 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 436 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 599 pessoas das 18.091 registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Em Espanha registaram-se até hoje 182.816 casos de pessoas infetadas e 19.130 mortes.
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