“Sobre esse tema já disse tudo o que tinha a dizer: não tenho nada a ver com o dossiê, além daquilo que já referi à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde. Estou perfeitamente disponível para colaborar com todas as autoridades para o esclarecimento”, afirmou.
No final de uma visita à Olano Portugal, no concelho da Guarda, a candidata a eurodeputada foi questionada pelos jornalistas sobre um alegado documento indicando que a mãe das gémeas luso-brasileiras, tratadas no Hospital Santa Maria, terá dito à médica das crianças que tinha todas as assinaturas para fazer o tratamento em Portugal, incluindo a da antiga ministra da Saúde.
Na resposta, Marta Temido disse desconhecer este documento e evidenciou que esse tipo de processos “não são sequer autorizados pela ministra da Saúde”.
“Só posso dizer aquilo que já tenho dito: não conheço mais, sobre o caso, do que aquilo que já referi, e que estou disponível a voltar a contar, em qualquer sítio que me perguntem, que não conheço a mãe, não conheço a médica. Não sei mesmo mais nada sobre isso”, alegou.
Em causa está o tratamento, em 2020, de duas gémeas residentes no Brasil que adquiriram nacionalidade portuguesa, com o medicamento Zolgensma.
Com um custo total de quatro milhões de euros (dois milhões de euros por pessoa), este fármaco tem como objetivo controlar a propagação da atrofia muscular espinal, uma doença neurodegenerativa.
O caso foi divulgado pela TVI, em novembro passado, e está ainda a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) já concluiu que o acesso à consulta de neuropediatria destas crianças foi ilegal.
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