“O espaço continua interditado a veículos e a pessoas, por questões de segurança, pelo menos, até que fique concluído o relatório da vistoria”, afirmou à agência Lusa a presidente da Câmara de Mourão, Maria Clara Safara.
Construído no reinado de D. Afonso IV (1291-1357) e classificado como Imóvel de Interesse Público, o Castelo de Mourão tem o acesso interditado, desde domingo, depois de uma das torres ter ficado danificada por um raio provocado por uma trovoada.
A autarca disse estar a aguardar a conclusão do relatório da vistoria conjunta da Direção Regional de Cultura do Alentejo, Câmara de Mourão e Proteção Civil, realizada na segunda-feira, para definir “uma estratégia” para o imóvel.
“O relatório estará concluído, em princípio, esta semana e depois irei reunir-me com a diretora regional de Cultura do Alentejo para definirmos a estratégia com que devemos avançar”, referiu.
Segundo Maria Clara Safara, os técnicos indicaram durante a vistoria que “a estrutura está sólida”, apesar de existirem “pedras soltas” no topo, e que “a cúpula, que foi perfurada pelo raio, pode estar em risco de ruir, com ventos ou chuva”.
A presidente da Câmara de Mourão admitiu que uma intervenção no castelo da vila “é uma das soluções que está em cima da mesa”, mas vincou que “tudo depende dos resultados do relatório” da vistoria.
No domingo à tarde, segundo a autarca, encontrava-se várias pessoas no interior do castelo, que “apanharam um susto muito grande”, tendo algumas relatado que o fenómeno “parecia um sismo”, devido ao “impacto muito grande” que teve.
O alerta para a ocorrência foi dado, no domingo, às 15:22, não se registando danos pessoais.
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