Catarina Martins começou o dia de novo numa feira, apostando no contacto com a população, desta vez em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, e no final, em declarações aos jornalistas, deixou os mais duros ataques para o presidente do PSD, Rui Rio, que acusou de estar “a esconder o seu programa”.
“Rui Rio quer nivelar por baixo os salários, que o mínimo não suba para que os médios não percebam como estão mal. As pessoas sabem em Portugal que os salários médios não chegam e têm de subir e Rui Rio não o fará”, avisou.
Outra crítica da líder do BE vai para a proposta de “colocar as pensões nas seguradoras”, considerando que “o problema em Portugal não é perder uma pequena parte das pensões, é que as pensões são pequenas demais”.
“O programa de Rui Rio explica-se muito rapidamente. Rui Rio sabe é que não há uma maioria popular em Portugal que vote num programa que ataca as pensões, os salários, o acesso à saúde ou acesso à escola e é por isso que prefere falar do gato, mas as eleições merecem respeito pelos eleitores e no BE cá estamos para dizer ao que vimos”, contrapôs.
Em relação ao PS, quando questionada sobre já considerava que o partido de António Costa estava a ser claro sobre os acordos pós-eleitorais, Catarina Martins insistiu que todos sabem que “vai ser preciso um entendimento no dia a seguir às eleições para construir soluções”, um convite que fez no fim de semana aos socialistas.
“Porque é verdade que o PS não tem clareza e, portanto, será nas urnas, com o voto do povo, que haverá essa clareza e o voto no BE será o voto que garante um contrato à esquerda pelo país”, apelou.
Sublinhando que “os votos vão decidir como é que Portugal vai estar no dia a seguir às eleições”, a líder bloquista pediu o voto de quem “não quer a direita e quem não quer que a direita tenha influência no Governo”.
Sobre a disponibilidade para vir a integrar o Governo, Catarina Martins começou por responder que “quem vota é quem decide”, garantindo que o “BE está pronto, disponível e determinado a assumir todas as responsabilidades”.
“Mas como sabem são os votos que decidem e nós temos uma enorme humildade quando vimos a eleições. Há já uma coisa que se percebeu, que o PS fez uma birra para tentar uma maioria absoluta, mas que esse cenário está afastado. O que estamos a decidir nestas eleições é que contrato teremos para o país no dia seguinte”, afirmou.
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