“O João [Semedo] soube sempre que é preciso juntar forças porque ninguém perde determinação ou objetivos se souber escutar outras pessoas”, mas “nunca cedeu naquilo em que acreditava em nome de unidades”.
O médico e ex-militante comunista, morreu em 17 de julho, aos 67 anos, vítima de cancro. Aderiu ao BE em 2007 e foi deputado, tendo dividido a liderança do partido entre 2012 e 2014.
“Fez tudo isto sempre com o ar sereno que lhe conhecem, mas também se irritou muitas vezes e ainda bem. Irritamo-nos quando achamos que as coisas são importantes e não permitimos que haja muros ou paredes que não nos deixam avançar, mas sabemos não deitar tudo a perder porque há caminhos a fazer”, continuou a líder bloquista.
Segundo a coordenadora do BE, Semedo “mudou o país, a forma como fazemos política, o quotidiano”, especialmente “esse pilar da democracia” em que consiste o SNS, o qual, defendeu, precisa de uma Lei de Bases do setor para o século XXI.
Entre as outras 10 intervenções sobre a vida e ação política de Semedo contaram-se as do historiador Fernando Rosas, da eurodeputada do BE Marisa Matias, do vice-presidente da Assembleia da República José Manuel Pureza, do antigo secretário-geral da CGTP Carvalho da Silva ou da porta-voz do PS, Maria Antónia Almeida Santos.
O evento, na sala Bernardo Sassetti do Teatro São Luiz, teve ainda animação musical a cargo do cantautor Fernando Tordo.
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