Nos últimos anos, “o CDS, seja com funções governativas, ou com funções de oposição, tem-se batido por uma série de questões relacionadas com o interior, nomeadamente com tudo que está relacionado com a mobilidade”, e “o IP3 tem sido uma dessas ‘bandeiras’”, afirmam os lideres das comissões políticas distritais centristas de Coimbra e de Viseu, respetivamente, Rui Nuno Castro e Hélder Amaral, numa nota enviada hoje à agência Lusa.
“Por isso não podemos aceitar ser enganados e que nos tomem por parvos”, salientam os dois dirigentes do CDS-PP, que exigem “verdade” e “respeito” a propósito daquela via, que liga as duas cidades.
O itinerário principal 3 (IP3), “na opinião do CDS, tal como aconteceu com o IP5 [Aveiro-Vilar Formoso], deveria deixar de ser um IP (perfil de duas vias, com algumas exceções) para passar a ser uma autoestrada (perfil de quatro vias)”, defendem Rui Nuno Castro e Hélder Amaral.
“É uma questão de justiça, e o CDS, enquanto membro de um Governo, inscreveu no PETI [Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas] 3+ e na Resolução do Conselho de Ministros n.º 61-A/2015 como prioritário um investimento no IP3”, realçam.
“Reconhecemos que não conseguimos concretizá-lo, mas ainda assim tentámos”, acrescentam.
O IP3 é “uma via essencial para a internacionalização da região e estruturante para as regiões de baixa densidade, ligando as principais cidades da região Centro” e, “se isso não bastasse, a sua requalificação é ainda mais urgente e vital porque se espera que venha a contribuir para salvar vidas e reduzir a sinistralidade”.
Os dois dirigentes centristas gostariam que a ligação entre Viseu e Coimbra “fosse uma autoestrada”, mas aceitam como “mínimo elegível a promessa do Governo de 85% do traçado em duplicado, numa estrada pisca-pisca”.
Referindo que o troço entre Penacova e Lagoa Azul, cujas obras estão em curso, “não apresenta problemas de relevo”, os dirigentes do CDS querem saber em que “cronograma se inserem” estes trabalhos e se “são obras de mera manutenção”.
Pelo contrário, os outros lanços da via apresentam “condições bastante mais gravosas”, afirmam, questionando “quando começam, então, as verdadeiras obras de requalificação do IP3”.
Rui Nuno Castro e Hélder Amaral concluem o comunicado – no qual fazem um levantamento exaustivo, designadamente anúncios e declarações sobre a estrada, feitas por governantes desde o início de 2017 – exigindo ainda saber o motivo para que “as verdadeiras obras ainda não tenham começado” e “qual é, afinal, o verdadeiro calendário/cronograma para as obras do IP3”.
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