“As notícias de ontem [sexta-feira] no Hospital de São José são mais umas, acreditamos, infelizmente, que não irão ficar por aqui. Nós alertámos, avisámos e sabemos que infelizmente não foram acauteladas as condições. O Governo falhou e está a revelar uma insensibilidade social perigosíssima”, começou por explicar Isabel Galriça Neto.
Os chefes de equipa de medicina interna e cirurgia geral do Centro Hospitalar de Lisboa Central apresentaram na sexta-feira a demissão por considerarem que as condições da urgência não têm níveis de segurança aceitáveis,
O partido está “altamente preocupado” e exige, “já não ao ministro da Saúde, porque já percebemos que ele não é ministro, mas sim ao primeiro-ministro, que tome medidas, já que os portugueses não podem estar nestas condições”, afirmou.
Galriça Neto lembrou ainda aos jornalistas que o partido “há três anos que alertou para esta situação”, altura na qual revelou ser um processo que tinha de ser acautelado.
“Não havendo alocação de recursos, contratação de recursos num período em que tinha sido dito que a austeridade tinha acabado e que era possível fazer investimentos, o que está à vista são os resultados da opção do governo de António Costa por uma austeridade encapotada que aplicou nos serviços de saúde”, denunciou.
De acordo com Galriça Neto, o primeiro-ministro “mentiu, faltou e está a faltar segurança aos portugueses”.
A deputada falava aos jornalistas após a ação que a líder do partido, Assunção Cristas, realizou numa bomba de gasolina em São Domingos de Rana, onde foi falar com os automobilistas numa ação de sensibilização para a eliminação da sobretaxa dos combustíveis.
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