“Que haja uma união e uma liderança por parte da Câmara Municipal de Lisboa para constituirmos uma unidade de missão que trabalhe no sentido de apresentarmos um projeto para que o Estuário do Tejo seja reconhecido como Património Imaterial da Humidade”, afirmou a vereadora centrista Assunção Cristas, em conferência de imprensa, no âmbito da apresentação do balanço de seis meses do trabalho autárquico do CDS-PP em Lisboa no atual mandato.
A Reserva Natural do Estuário do Tejo já é uma área protegida, mas os centristas querem que passe também a integrar a lista da UNESCO por considerarem que “só o estatuto de Património Imaterial da Humanidade permite ter as condições para preservar e criar, preservar e desenvolver, preservar e crescer”.
“É um património que tem uma história, mas que pode e deve ter um futuro”, advogou Assunção Cristas, apelando a “um futuro de respeito pelos valores ambientais e pela ecologia”.
Neste sentido, o CDS-PP pretende “um desenvolvimento sustentável de riqueza, de emprego, que não é apenas para Lisboa, é para toda a zona estuarina”, pelo que devem ser convocados para participar no processo de candidatura os municípios à volta do Estuário do Tejo, as entidades que usam o Tejo, nomeadamente no setor do turismo, as entidades públicas com responsabilidades nesta área e as universidades.
Caracterizando o Estuário do Tejo como “magnífico espelho de água”, que é responsável pela luz de Lisboa, a vereadora centrista defendeu que é preciso aproveitar “esta grande riqueza da cidade e de toda a zona estuarina”.
“Numa altura em que nos começamos a sentir apertados dentro da cidade com uma forte pressão turística, é também uma forma de levar os turistas a conhecer não apenas a nossa cidade, mas também toda a envolvente”, defendeu Assunção Cristas, referindo que a Câmara de Lisboa “pode e deve liderar este processo” de candidatura a Património Imaterial da Humanidade e “dar um exemplo de liderança em benefício de toda a região e de todo o país”.
Lembrando a ocorrência de “alguns atentados” contra o rio Tejo, a centrista reconheceu que há um passivo ambiental que se revelará, mas tal não pode impedir de se querer “olhar mais longe”.
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