A memória das Eleições Legislativas de 2022, já vai longe, porém apesar das críticas apontadas ao PSD por querer "fugir do debate com Paulo Raimundo sobre a situação do país, as soluções e respostas para os problemas nacionais”, acusa o PCP em comunicado, o mesmo já foi feito pelo PCP.
Nas últimas Legislativas, o antigo líder parlamentar do PCP, João Oliveira, substituiu o secretário-geral do partido nos últimos debates das eleições, estando na altura Jerónimo de Sousa a recuperar de uma cirurgia de urgência.
João Oliveira era na altura cabeça de lista da CDU pelo círculo eleitoral de Évora e participou no debate o antigo presidente do PSD, Rui Rio, transmitido na SIC, e a 17 de janeiro, com todos os líderes dos partidos com representação parlamentar, transmitido pela RTP.
O antigo deputado voltaria também a debater com todos os líderes dos partidos com assento na Assembleia da República no dia 20 de janeiro desse ano, desta vez com transmissão em simultâneo nas rádios Antena 1, TSF e Rádio Renascença.
Naquele ano, o líder comunista foi substituído na primeira semana de campanha por João Oliveira e João Ferreira por serem os dois membros com maior destaque mediático naqueles anos.
Na altura, João Oliveira tinha substituído em 2013 o então líder parlamentar comunista Bernardino Soares e era deputado da Assembleia da República desde 2005. Nesse ano perdeu o mandato.
Agora, em 2024, o PCP considera que a Aliança Democrática (AD, coligação composta por PSD, CDS-PP e PPM) de "depois de acordado um modelo de debates entre as televisões e os partidos com representação parlamentar, o PSD e o seu presidente querem agora esconder-se e esconder o seu projeto atrás de pretextos”.
“Luís Montenegro sabe que o PCP não deixará esquecer o papel que assumiu enquanto presidente do Grupo Parlamentar do PSD no período do assalto da política da ‘troika’ a direitos, salários e pensões, assim como sabe que foi o PCP, e a luta dos trabalhadores e do povo, o mais firme e determinado obstáculo e opositor a essa política”, referem os comunistas.
Para o PCP, “é este debate que Luís Montenegro recusa”.
O partido considera que, “com a fuga a este debate”, o líder social-democrata quer esquivar-se “a ser confrontado a partir do concreto, e para lá das promessas, com o que quer manter escondido quanto a questões decisivas como as da política salarial, valorização das pensões, direitos dos trabalhadores, direito à habitação, defesa e valorização do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
Para os comunistas, “são temas cruciais em que com elevada probabilidade não encontrará quem como o PCP e como a CDU o confrontará com o seu passado e o forçará a revelar as suas reais intenções”.
“Percebe-se que Montenegro queira fugir ao embate com opções e soluções de esquerda. Mas essa atitude não só empobrece o debate político como é revelador da necessidade do PSD em esconder o seu verdadeiro projeto”, criticam.
O PCP ressalva, contudo, que não “facilitará essa intenção” e acrescenta que “os debates foram organizados sobre determinados pressupostos”.
“Independentemente da avaliação crítica sobre o modelo, notoriamente favorecedor de uns face a outros, esta intenção do presidente do PSD agrava esta realidade. Não será por parte do PCP e da CDU que esse momento clarificador de debate não se realizará”, refere-se.
Os comunistas acrescentam ainda que “a CDU é a verdadeira força do combate à direita e à política de direita, que foi e será determinante para barrar o caminho à política e projetos que empobrecem a vida dos trabalhadores e do povo, acentuam desigualdades, amputam direitos”.
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