“Tínhamos três excelentes candidatos, todos muito competentes, ministros experientes e membros do Eurogrupo altamente considerados. Não tenho de vos apresentar o Paschal, mas deixem-me apenas dizer que foi um verdadeiro prazer trabalhar com o Paschal nos últimos dois anos e meio. Os seus contributos para os trabalhos do Eurogrupo foram muito valiosos”, declarou Centeno, na conferência de imprensa após a eleição.
“Não duvido que o Paschal vai ser um excelente presidente do Eurogrupo, e desejo-lhe todo o sucesso”, declarou.
Na despedida da Europa, dirigindo pela última vez, desde Lisboa, os trabalhos do Eurogrupo, realizado ainda por videoconferência, Centeno garantiu ainda ter sido “uma honra” trabalhar no fórum, como ministro e como líder, observando que quase todo o seu mandato como presidente decorreu entre crises.
“Podemos dizer que os últimos dois anos e meio foram, na maior parte, um intervalo entre duas crises, a soberana e a pandémica. Usámos este período de forma sábia, moldando um novo papel para o Eurogrupo”, apontou.
Garantindo que “foi uma honra participar no importante trabalho do Eurogrupo nos últimos cinco anos, primeiro como membro, e depois como presidente”, Mário Centeno apontou que “também foi um prazer trabalhar com colegas talentosos de todo o continente num verdadeiro espírito de cooperação europeia”.
Paschal Donohoe, ministro de centro-direita de 45 anos, foi hoje eleito presidente do Eurogrupo após bater na segunda volta a favorita Nadia Calviño, ministra socialista espanhola, que tinha o apoio declarado dos dois ‘pesos pesados’ da zona euro, Alemanha e França.
O ministro irlandês torna-se o quarto presidente da história do Eurogrupo, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker (2005-2013), do holandês Jeroen Dijsselbloem (2013-2018) e do português Mário Centeno (2018-2020), e dirigirá pela primeira vez os trabalhos do grupo na reunião agendada para 11 de setembro próximo.
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