
“Relativamente às condições meteorológicas e à precipitação que se fez sentir agora no início da tarde, foi responsável por termos um conjunto de ocorrências, sobretudo aqui na área de Lisboa e Vale do Tejo, muito embora ainda haja ocorrências em curso. Todavia, já temos 52 ocorrências, que empenharam 188 bombeiros com 73 veículos”, disse à Lusa o comandante Pedro Araújo, às 15h45.
De acordo com o responsável, a maioria destes registos está relacionada com “inundações, quedas de árvores e quedas de estruturas e limpezas de vias, devido aos inertes que foram arrastados pela chuva”, sem haver, no entanto, ocorrências graves.
“Trata-se sobretudo de ocorrências destas quatro tipologias. Até agora não se registou nenhuma situação excecional que nos esteja a preocupar”, acrescentou Pedro Araújo, frisando que as inundações estão também associadas a lençóis de água em zonas vulneráveis, “historicamente inundáveis”, de caves e garagens.
Lisboa foi hoje o distrito com mais ocorrências devido ao mau tempo, seguido de Coimbra e Porto, lembrando Pedro Araújo que os distritos do interior “não têm ocorrências significativas associadas às condições meteorológicas adversas”.
As autoridades, indicou, “aumentaram o estado de prontidão, ou seja, o estado de alerta”, tendo em conta os parâmetros meteorológicos esperados: precipitação, vento forte e agitação marítima.
Segundo o responsável, a meio da tarde o estado de alerta era já de nível azul, aquele que ocorre imediatamente a seguir à monitorização (a escala compreende azul, amarelo, laranja e vermelho), “para todos os distritos que estão a norte do rio Tejo, sobretudo o litoral”.
Sete distritos do continente (Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa) estão hoje, até às 24h00, sob aviso meteorológico laranja devido à previsão de agitação marítima forte, anunciou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O instituto prevê “ondas de oeste/noroeste com cinco a seis metros, podendo atingir 10 metros de altura máxima”.
O aviso laranja, o segundo numa escala de três, indica uma situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Estes sete distritos passam depois a aviso amarelo, igualmente devido à previsão de agitação marítima forte, vento e precipitação.
Também os distritos de Beja, Bragança, Castelo Branco, Faro, Guarda, Setúbal, Vila Real e Viseu estão no nível amarelo, uns devido a agitação marítima e outros por previsão de períodos de chuva, por vezes forte.
O aviso amarelo, o menos grave, é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
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