“Em relação a particulares, neste momento estamos a conversar com mais de 500 pessoas” com vista a “consolidações, alongamentos de maturidade” e, possivelmente, reduções de ‘spreads’, disse Paulo Macedo na conferência de imprensa de apresentação de resultados do terceiro trimestre de 2022.
“Estamos perfeitamente disponíveis para esses casos”, vincou o CEO do banco.
No geral, o administrador da CGD referiu que houve contactos com “uns milhares de clientes”, tendo, “entre 75% a 85% dos clientes” tido um “‘score’ muitíssimo bom” e que deverão atravessar estas subidas sem problema.
“No caso oposto, aqueles que ficaram pior classificados, quer na sua opinião, quer pelos nossos elementos, temos cerca de 2% de clientes. No meio, temos clientes que achamos que têm de ser acompanhados”, referiu.
Entre as empresas, um dos grupos analisados integra os clientes mais expostos ao aumento dos preços da energia, como a cerâmica, a siderurgia ou a agricultura, ao passo que o outro diz respeito à sua exposição creditícia.
No caso específico dos créditos à habitação, Paulo Macedo insistiu que “o negócio dos bancos não é ficar com as casas de ninguém por todas as razões e mais algumas”.
“Na carteira de particulares temos um crédito médio à habitação — quando na altura em que foi concedido — que é menos de 90.000 euros, e o crédito em dívida é menos de 60.000 euros”, detalhou.
Este aumento de taxas terá “condições mais fortes nos créditos mais recentes” — cinco 10 anos -, mas que são aqueles em que foram introduzidas medidas como o financiamento até 90% ou prazos de 30 anos.
A CGD apresentou hoje lucros de 692 milhões de euros até setembro, um aumento de 61% face aos primeiros nove meses de 2021.
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