Em comunicado, o Sindicato adianta que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) mostrou, numa reunião realizada na quarta-feira, “abertura para discutir as medidas de apoio a tomar para ajudar os trabalhadores a responder aos “brutais” aumentos do custo de vida e avançou com um pagamento extraordinário.
Na nota, o sindicato refere que a CGD vai avançar com um pagamento extraordinário em dezembro, que oscilará entre os 600 e os 900 euros, de acordo com a remuneração mensal de cada trabalhador, desde que este aufira um rendimento mensal até 2.700 euros.
A CGD, segundo o STEC, dará também a possibilidade de o trabalhador antecipar o recebimento do subsídio de Natal de 2023.
“Registamos assim positivamente esta decisão da administração e só lamentamos a sua morosidade, quando outros bancos e até mesmo empresas de bem menor dimensão já o tinham feito”, refere o STEC.
O sindicato diz que a CGD alega que nos últimos quatro anos (de 2018 até 2021) os aumentos salariais atribuídos pela empresa foram iguais ou superiores à inflação, “esquecendo-se ardilosamente de considerar a inflação prevista pelo Banco de Portugal para 2022 (7,8%) e atender ao aumento médio da tabela salarial alcançado no início do presente ano (0,92%), ainda num período em que ninguém poderia prever este esmagador aumento da inflação”.
De acordo com o sindicato, os trabalhadores e reformados confrontam-se agora com uma “brutal redução do seu poder de compra, muito superior a qualquer aumento salarial atribuído em anos anteriores”.
Por isso, o STEC alerta que “não abdicará que a negociação da tabela salarial para 2023 reverta esta indesmentível e substancial perda de poder de compra, reconhecendo-se os trabalhadores como uma mais-valia determinante para o funcionamento, imagem e resultados do banco público”.
O STEC tinha anunciado em 07 de novembro que tinha pedido uma reunião urgente ao presidente executivo da CGD para reclamar apoios face à escalada da inflação.
Na altura, o STEC, considerou “inqualificável e ensurdecedor” o “silêncio” da administração da CCG – “o maior, o mais credível e mais lucrativo banco do país” – face à “inflação galopante, à subida obscena do custo de vida, ao ‘aperto de cinto’ e à dificuldade de aquisição de muitos bens essenciais”.
A CGD apresenta hoje os resultados dos primeiros nove meses de 2022.
Comentários