"Vamos estar nas empresas e locais de trabalho, denunciando as várias desigualdades, injustiças, problemas que continuam a marcar o dia-a-dia das mulheres trabalhadoras e vamos conhecer histórias de vida de trabalhadoras, a partir de casos reais", disse à agência Lusa Célia Portela, da direção da USL.
No âmbito da Semana pela Igualdade que a CGTP tem em curso, dirigentes e ativistas da USL iniciam o dia com a distribuição de documento temáticos aos trabalhadores do hospital de Santa Maria.
A meio da manhã vão realizar um plenário com os trabalhadores do Centro de Contacto da EDP, onde vão denúnciar a situação de uma mulher que trabalha em dois 'call centers', e como motorista da Uber, para se poder sustentar a si e ao seu filho, porque os salários deste setor são muito baixos.
Para o final da manhã está marcada uma concentração junto a um supermercado Minipreço, onde vão divulgar o caso de uma funcionária que pediu o horário flexível porque tem um filho pequeno e o marido trabalha por turnos.
Segundo Célia Portela, a empresa não respeitou este direito legal, mesmo tendo o parecer favorável da CITE, e castigou a empregada com faltas injustificadas e um processo disciplinar.
Para a tarde está marcado um plenário no Hospital da Luz, junto ao Centro Comercial Colombo, e uma concentração junto à empresa de vigilância privada COPS, em Carnaxide.
No âmbito da Semana da Igualdade realiza-se também um plenário em Vendas Novas, no distrito de Évora, com a participação da secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, e de Trabalhadores do Agrupamento de Escolas de Vendas Novas.
A CGTP iniciou na segunda-feira a Semana da Igualdade, com plenários e debates em mais de 1.000 locais de trabalho e concentrações e desfiles por todo o país, para protestar contra a inferiorização da mulher no mundo do trabalho.
A Semana da Igualdade decorre até sexta-feira, sob o lema “Emprego de Qualidade – Viver e Lutar em Igualdade”, com ações em 50 localidades.
Com esta semana pela igualdade, a CGTP pretende alertar para o facto de as mulheres continuarem a ser mais mal pagas do que os homens e serem particularmente afetadas pela precariedade, ao mesmo tempo que são as principais vítimas de assédio e de doenças profissionais.
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