"Fazemos um balanço muito positivo desta semana, que teve uma dinâmica em crescendo, com o envolvimento de muitos milhares de trabalhadores, e durante a qual foram solucionadas algumas das situações denunciadas", disse à agência Lusa Fátima Messias, da Comissão Executiva da Intersindical.
Segundo a sindicalista, nos mais de 1.400 locais de trabalho visitados em todo o país foram distribuídos documentos, realizados plenários ou feitas concentrações junto a empresas para alertar para os direitos vigentes e para divulgar casos reais de mulheres trabalhadoras vítimas de situações de violação da lei da igualdade.
Fátima Messias salientou que foram encontrados muitos locais de trabalho onde persistiam em simultâneo vários problemas de discriminação, como é o caso dos centros de contato de empresas ('call centers'), onde predomina a precariedade, os salários mais baixos, os horários desregulados, as doenças profissionais e a violação dos direitos de parentalidade.
A dirigente sindical referiu ainda que, graças às ações de denúncia, alguns dos casos denunciados foram resolvidos.
"Foi o caso de uma trabalhadora de uma loja Algartalhos, que tinha sido posta de castigo por exigir o pagamento de trabalho extraordinário, a denuncia foi feita na segunda-feira e a trabalhadora voltou às suas funções na quinta-feira, graças à intervenção sindical. Falta agora a Autoridade para as Condições do Trabalho aplicar a respetiva coima", explicou Fátima Messias.
Com esta semana pela igualdade, a CGTP pretende alertar para o facto de as mulheres continuarem a ser mais mal pagas do que os homens e serem particularmente afetadas pela precariedade, ao mesmo tempo que são as principais vítimas de assédio e de doenças profissionais.
A Semana da Igualdade, promovida pela CGTP-IN, termina hoje com uma ação pública na rua de Santa Catarina, no Porto.
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