Nuno Vaz foi eleito presidente da Câmara de Chaves pelo PS, em outubro, e hoje assinalou os 100 dias deste executivo com um encontro com a comunicação social, que serviu para apresentar o anteprojeto para o emblemático jardim do Bacalhau, localizado no centro da cidade.
O autarca explicou que, após ter sido eleito, a primeira medida que tomou foi parar o projeto que estava previsto para aquele espaço, uma obra que já estava adjudicada e previa a construção de um centro de convívio.
“Na nossa perspetiva, era mais um erro somado a outros erros que se cometeram na cidade, que foi o de eliminar espaços fundamentais em termos ambientais e de atração das pessoas. Entendíamos que esta era a última oportunidade de termos um jardim central, verdadeiramente só jardim”, salientou.
O executivo chegou a acordo com a empresa adjudicatária e está em curso a elaboração do projeto que quer garantir a manutenção dos traços originais do espaço e, ao mesmo tempo, introduzir alguma modernidade.
O jardim do Bacalhau representa também o início de um “novo modelo de governação” que o executivo liderado por Nuno Vaz quer implementar e que passa pela recolha de contributos por parte da população.
“Os cidadãos devem ser auscultados e devem ter a possibilidade de participar no processo de decisão sobre os projetos mais relevantes para a sua comunidade”, frisou.
Nuno Vaz explicou que quer saber se os cidadãos se identificam com as soluções em termos estéticos, funcionais ou ambientais ou se querem ainda apresentar contributos que possam ser incorporados nos projetos.
“Em todos os projetos relevantes a nível financeiro ou na comunidade, nós faremos essa consulta. Vamos fazer aqui no jardim do Bacalhau, vamos ouvir os flavienses sobre a possibilidade ou não de a ponte romana ser aberta ao trânsito só num sentido, faremos sempre que necessário for”, frisou.
Relativamente ao jardim do Bacalhau, os contributos poderão ser dados até ao dia 21 de fevereiro. Trata-se de uma obra que poderá rondar os 600 mil euros e que deverá arrancar em meados do ano.
Entretanto, a autarquia quis “devolver o espaço às pessoas” efetuando, para o efeito, uma “intervenção minimalista”.
“São 100 dias que passaram a correr. São 100 dias que nos permitiram conhecer melhor a estrutura municipal, os dossiês mais relevantes e tomar consciência que temos, neste ano, desafios verdadeiramente decisivos para o destino coletivo deste concelho”, salientou.
Nuno Vaz referiu ainda que a câmara continua “numa situação crítica em termos financeiros e adiantou que, só em 2018, terá que suportar com o serviço de dívida cerca de 3,6 milhões de euros”.
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