O número de turistas aumenta com o verão. As cidades europeias são prova disso e cada vez mais são obrigadas a implementar medidas para lidar com os visitantes.

De Lisboa a Copenhaga, vejamos algumas delas.

Lisboa e os tuk-tuk

A Câmara de Lisboa pretende limitar os locais de estacionamento dos ‘tuk tuk’ e o o número de licenças a atribuir a este tipo de veículos, de forma a regular a atividade na cidade, anunciou hoje o município.

De acordo com a autarquia, “foram identificadas as situações mais graves que se registam na cidade e apresentadas propostas para uma melhor gestão e ordenamento do espaço urbano”.

“A Câmara de Lisboa vai identificar áreas que serão de tolerância zero no que diz respeito ao estacionamento. Será policiado o estrito cumprimento da lei no que diz respeito aos limites legais para este estacionamento, sem exceção”, lê-se na nota divulgada.

A autarquia refere que pretende “diminuir para metade (500), o número de veículos habilitados para estacionar no espaço público da cidade”, ao mesmo tempo que tenciona criar 250 lugares autorizados de estacionamento para ‘tuk tuk’ licenciados”.

A Câmara de Lisboa pretende implementar ainda um plano de fiscalização que dê “tolerância zero” em zonas de maior afluência turística.

Porto e os transportes 

A 22 de julho, o presidente da Câmara do Porto anunciou que ia limitar a circulação de 'tuk-tuks' e autocarros de excursões no centro histórico e limitar os autocarros de dois andares, acabando com a circulação do comboio turístico em 2026.

Mas há preocupações com a medida: a Associação de Comerciantes do Porto alertou hoje que há lojistas preocupados com o anúncio da Câmara do Porto e sugere criar um grupo de trabalho.

Por sua vez, alguns operadores de transportes turísticos da cidade do Porto manifestaram satisfação com as medidas camarárias, já que "é necessário alguma coordenação".

Veneza e as festas

A partir de quinta-feira, Veneza vai limitar as festas de turistas a 25 pessoas, mas as crianças até aos dois anos de idade não são incluídas e a limitação não é aplicada aos estudantes em visita ou viagem de estudo.

Além do número de turistas nas festas, é também proibida a utilização de altifalantes por guias turísticos para “proteger a paz dos residentes” e garantir que os peões circulam mais livremente.

Estas medidas estavam inicialmente previstas para entrar em vigor a partir de junho, mas foram adiadas até ao início de agosto.

As restrições abrangem o centro da cidade e também as ilhas de Murano, Burano e Torcello.

Os turistas podem ser multados entre 25 e 500 euros se não respeitarem as medidas.

De recordar que, em abril, Veneza tornou-se a primeira cidade do mundo a introduzir um sistema de pagamento para os visitantes, numa experiência destinada a dissuadir os turistas de chegarem durante os períodos de ponta. Este projeto-piloto terminou este mês.

Copenhada e os benefícios

Os visitantes da capital dinamarquesa que participam em atividades ecologicamente corretas, como recolha de lixo ou uso de transporte público, podem ser recompensados ​​com comida gratuita, experiências culturais e passeios como parte de um novo programa piloto.

Como exemplo, os visitantes que levarem resíduos plásticos para a Galeria Nacional da Dinamarca terão acesso a uma oficina onde poderão transformá-los numa obra de arte, enquanto aqueles que forem de bicicleta ou de transporte público até a famosa planta de aquecimento da cidade podem esquiar numa pista de esqui artificial no telhado do edifício.

O programa experimental chama-se CopenPay, que decorre entre 15 de julho e 11 de agosto, e envolve "transformar ações verdes em moeda para experiências culturais".