O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, reuniu com o Presidente norte-americano, Joe Biden, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, durante uma visita de três dias a Washington.
Ambas as partes concordaram em trabalhar em prol de uma reunião bilateral, à margem da cimeira de Cooperação Económica Ásia -Pacífico, que se realiza no próximo mês, em São Francisco.
Citado num comunicado difundido pelo ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang afirmou que o caminho para a reunião bilateral não vai ser “tranquilo” e que não se pode confiar no “piloto automático”.
As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se nos últimos anos, devido a uma guerra comercial e tecnológica, diferendos em questões de direitos humanos, o estatuto de Hong Kong ou a soberania do mar do Sul da China.
O principal ponto de fricção continua a ser Taiwan. A China reivindica a ilha como uma província sua e não descarta o uso da força para alcançar a reunificação. Washington é o principal aliado e fornecedor de armamento a Taipé.
O comunicado da diplomacia chinesa observou que, embora ainda existam muitas questões por resolver, ambas as partes acreditam que é “benéfico e necessário” manter o diálogo.
A visita de Wang aos EUA é a última de uma série de contactos de alto nível entre os dois países, visando estabilizar a relação cada vez mais tensa.
Citado no comunicado, Wang disse que China e EUA precisam de um “regresso a Bali”, numa referência à reunião entre Xi e Biden, à margem da cimeira do G20, no ano passado, em que ambos os responsáveis discutiram questões relacionadas com Taiwan, tensões comerciais ou a cooperação no âmbito das alterações climáticas, saúde e segurança alimentar.
O chefe da diplomacia chinesa afirmou que os dois países devem “eliminar a interferência, ultrapassar obstáculos, reforçar o consenso e acumular resultados”.
Outras questões incluíram o intercâmbio militar e a cooperação financeira, tecnológica e cultural, ou as crises no Médio Oriente e na Ucrânia.
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