Neste sentido, Pequim deixou claro através do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, que “se opõe fortemente” à decisão tomada quinta-feira pelo órgão britânico que regula as telecomunicações (Ofcom), que justificou este veto alegando que a CGTN é controlada pelo Partido Comunista Chinês.
Para o Governo Chinês, contudo, trata-se de uma “manobra política”. Wang destacou que a Ofcom “reprime a cobertura da CGTN no Reino Unido, politiza questões técnicas e danifica gravemente a reputações dos media chineses”, informa a agência Bloomberg.
A decisão da entidade reguladora britânica também foi lamentada pelo próprio canal, que reivindicou num comunicado a sua “excelente reputação” e o seu trabalho de informação no Reino Unido, dando como exemplo as entrevistas realizadas aos últimos primeiros-ministros.
A CGTN assegurou que a Ofcom fez a sua investigação “manipulada por organizações de extrema direita e forças anti-chinesas” e não teve em consideração as “explicações detalhadas” e a colaboração prestada neste último ano, durante o qual foi proposta uma "solução construtiva", tal como a transferência da licença.
A tensão política entre Londres e Pequim tem crescido recentemente, principalmente como resultado dos protestos em Hong Kong, um território que esteve sob a soberania britânica até 1997. Desde domingo, os cidadãos de Hong Kong com passaportes britânicos do estrangeiro têm uma maior facilidade em obter a nacionalidade.
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