De acordo com o Jornal de Notícias (JN), o Porto de Leixões foi a porta de entrada da cocaína que permitiu abastecer o maior laboratório clandestino na Europa, instalado numa moradia da zona de Pontevedra, na Galiza, e com capacidade para produzir 200 quilos de cocaína por dia.
Além da máquina trituradora de pedra que escondia droga, previa-se que chegassem outras três, também elas com pasta base de coca. Segundo o jornal, a máquina foi importada por uma empresa portuguesa, dedicada à importação de carros, "recentemente comprada por um empresário do País Basco ao serviço de uma organização que juntou colombianos, mexicanos e espanhóis, num investimento de dois milhões de euros".
Contudo, a primeira compra da empresa fez com que a PJ ficasse com suspeitas: importar uma máquina industrial da Colômbia seria algo improvável. Apesar de a máquina ter sido vista, os inspetores nada encontraram, mas comunicaram as suspeitas à polícia espanhola e os traficantes foram vigiados.
Apenas quando a máquina foi transportada até Pontevedra foi possível descobrir a droga. Numa operação conjunta na quarta-feira, a PJ e a Polícia Nacional espanhola detiveram 18 pessoas — e nenhuma é portuguesa. Foram também apreendidos 1,3 toneladas de pasta de base de coca, 151 quilos de cocaína e mais de 23 mil litros de produtos químicos.
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