"A Cofina avançou com o despedimento coletivo de mais de meia centena" de trabalhadores, afirmou a mesma fonte.
Esta medida surge na sequência de um processo de reorganização que o grupo que detém o Correio da Manhã e o Jornal de Negócios, entre outros títulos, já tinha anunciado.
Em declarações à Lusa, em 06 de março último, fonte oficial da Cofina tinha afirmado que o grupo tinha ajustado as equipas, reduzindo a imprensa, e que não colocava "de lado a utilização dos meios legais disponíveis", se tal fosse necessário, "para ajustar a atividade às tendências de mercado".
Na altura, questionada sobre rescisões voluntárias no grupo, a mesma fonte tinha referido que a empresa vinha a "ajustar as suas equipas, reduzindo na imprensa e apostando cada vez mais no digital, na multimédia".
O lucro da Cofina caiu 14,4% em 2016, face ao ano anterior, para 4,3 milhões de euros, e as receitas operacionais recuaram 0,7% para 99,9 milhões de euros.
No documento de divulgação de resultados, em 03 de março, o grupo tinha referido que iria "aprofundar a sua política de reforço da eficiência operativa como forma de fazer frente ao ambiente de mercado extremamente adverso", salientando que “serão aprofundadas medidas de corte de custos nas áreas mais expostas ao ciclo e, em simultâneo, serão reforçadas as áreas de crescimento, como sejam a televisão e o 'online'".
Numa informação interna, a que a Lusa teve acesso no início de março, é referido que a quebra de receitas de publicidade continua e acentuar-se no início deste ano, pelo que a Cofina decidiu avançar para um programa de corte de 10% de custos.
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