Após o debate sobre o debate do Estado da Nação dos Media, no congresso da Associação portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), em Lisboa, questionado pelos jornalistas sobre o negócio que ainda espera parecer do regulador dos media, o responsável foi repetindo que o grande foco da RTP é garantir um “grande serviço público” ao maior número possível de pessoas.
Reconhecendo que “qualquer alteração tem sempre impactos”, o presidente considerou que “desde que os direitos da RTP sejam salvaguardados numa série de dimensões, de distribuição, plataformas, princípios gerais de concorrência, então o tema da RTP é a gestão e os seus objetivos”. “Essa é a agenda”, garantiu.
Gonçalo Reis afirmou acompanhar os “equilíbrios acionistas dos operadores privados”, mas que este é um tema da competência de reguladores, que “devem assegurar os bons princípios de respeito, de equilíbrio, princípios de não discriminação e de respeito pela concorrência”.
Quanto ao digital, que centrou discussões no debate, o dirigente afirmou ser uma “realidade incontornável e uma grande oportunidade para levar os conteúdos em mais plataformas”, mas que também “veio baralhar todos os modelos económicos, veio afetar o modelo de receitas”.
O responsável considerou que a fragmentação das audiências pode não ocorrer completamente desde que as televisões tradicionais se reinventem nos vários campos, uma vez que ao desejo inicial de experimentar novos modelos se poderá contrapor “âncoras e instituições e marcas reconhecidas”.
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