“Na sequência do Governo ter declarado a "situação de alerta" de crise energética, a EDP Distribuição acionou, desde a meia-noite do dia 17 de abril [quarta-feira], o seu Plano Operacional de Atuação em Crise, que prevê a adoção de medidas excecionais de gestão de recursos de forma a conseguir responder a circunstâncias de urgência e de avaria, em particular unidades críticas e cidadãos com necessidades especiais”, refere em comunicado enviado à agência Lusa.
A EDP Distribuição explica que os constrangimentos a nível do abastecimento de combustível afetam “não só os cerca de 2.300 veículos da EDP Distribuição, mas também os 1.500 pertencentes aos prestadores de serviço” que percorrem o país para a realização dos trabalhos normais da atividade de distribuição de energia elétrica.
“A EDP Distribuição irá colocar cerca de 100 veículos elétricos em pontos estratégicos para auxílio à gestão da rede e condicionar as suas infraestruturas de recurso, como sejam geradores e centrais móveis a situações prioritárias”, salienta, acrescentando que se mantém em articulação com as estruturas locais e nacionais para “garantir o abastecimento de combustível à frota operacional”.
A greve começou às 00:00 de segunda-feira e foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.
Face à escassez de combustíveis, o Governo declarou a “situação de alerta” e, na quarta-feira à noite, definiu uma rede de 310 postos prioritários que ficam obrigados a reservar 20% do seu combustível para uso exclusivo das entidades prioritárias.
Nesses postos prioritários, o abastecimento do público em geral está limitado a 15 litros de gasolina ou gasóleo por veículo.
As entidades prioritárias são as Forças Armadas, as forças de segurança e os agentes de proteção civil, os serviços de emergência médica e transporte de medicamentos, as entidades públicas ou privadas que prestam serviços públicos, designadamente transporte coletivo de passageiros, recolha de resíduos urbana e limpeza urbana, serviços de água, energia e telecomunicações, bem como entidades que asseguram o transporte de pessoas portadoras de deficiência.
Em caso de necessidade, os postos prioritários podem “requerer a presença de elementos das forças de segurança”, segundo um despacho do Governo.
A PSP anunciou o reforço do policiamento em cerca de 400 postos de abastecimento de combustíveis, em articulação com a GNR, para prevenir perturbações da ordem pública e no trânsito, nos aeroportos e refinarias, num total de mais de mil elementos destacados.
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