A reunião foi convocada a meio da tarde e no encontro o sindicato espera a presença do ministro, Pedro Nuno Santos, e da Associação Nacional de Transportes Públicos de Mercadorias (ANTRAM).
Contactado pela Lusa, o presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, Francisco São Bento, indicou que tem “a informação não oficial de que o acordo [de princípio de 10 de maio] pode ser rejeitado por parte da ANTRAM”, isto depois de o sindicato ter tido o aval dos seus associados.
Se isso acontecer, Francisco São Bento afirmou que se mantém a greve, prevista começar em 23 de maio e por tempo indeterminado, uma vez que já tinha ficado definido que o pré-aviso de greve se mantinha até estar escrito e assinado o acordo.
O dirigente sindical adiantou que “não foi fácil” conseguir a aprovação dos associados do sindicato para o acordo de princípio com a ANTRAM, cujos detalhes não foram divulgados.
A Lusa tentou contactar dirigentes da ANTRAM, mas sem sucesso, enquanto fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e da Habitação disse não fazer comentários.
A ANTRAM e o SNMMP chegaram na madrugada de 10 de maio a um acordo de princípio.
O caderno reivindicativo dos motoristas inclui, além de uma remuneração base de 1.200 euros, um subsídio de 240 euros e a redução da idade de reforma.
O acordo resultou da mediação levada a cabo pelo ministério com a ANTRAM e o SNMMP.
O SNMMP foi criado no final de 2018 e tornou-se conhecido com a greve iniciada no dia 15 de abril, que levou o Governo a decretar uma requisição civil e, posteriormente, a convidar as partes a sentarem-se à mesa de negociações.
A arbitragem do executivo fez com que representantes sindicais e empresariais chegassem a acordo, no dia 18 abril, definindo um calendário para o início das negociações, sendo a paralisação desconvocada de imediato.
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