Christian Brückner, um alemão de 47 anos, já detido por outros crimes, arrisca uma condenação por mais de 15 anos de prisão por agressões sexuais e violações cometidas entre 2000 e 2017 em Portugal.
Em outubro do ano passado, a Polícia Judiciária portuguesa esclareceu que, na investigação ao desaparecimento da criança inglesa, no Algarve, em 2007, continuam a ser desenvolvidas diligências visando o esclarecimento da situação, adiantando que foram realizados contactos com familiares de Madeleine McCann.
Detido em Kiel, no norte da Alemanha, Christian Brückner foi já condenado em 2019 pela violação de uma turista norte-americana de 72 anos, em 2005, na localidade portuguesa da Praia da Luz.
Sobre estes factos, as investigações prosseguem e o Ministério Público alemão ainda não formulou qualquer acusação pela morte de Madeleine McCann, conhecida por Maddie.
O julgamento que hoje arrancou na Alemanha será particularmente escrutinado porque desde a sua acusação no “caso Maddie”, em junho de 2020, Christian Brückner nunca compareceu numa audiência pública. Hoje, mostrou-se calmo em tribunal.
Nos dias que antecederam a audiência, o seu advogado Friedrich Fülscher disse à AFP que Brückner pretendia permanecer em silêncio.
A sua designação, em 2020, como principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann foi um grande momento nesta investigação, com ramificações internacionais, onde ocorreram inúmeras reviravoltas, pistas e hipóteses falsas.
Maddie desapareceu em 03 de maio de 2007, na localidade da Praia da Luz, no Algarve, pouco antes de completar quatro anos, quando passava férias com os pais e amigos.
Christian Brückner não foi formalmente acusado pelo desaparecimento da criança, mas as investigações do sistema de justiça alemão neste caso estão na origem do julgamento que hoje começou, segundo Christian Wolters, porta-voz do Ministério Público em Brunswick.
“Sem a investigação do caso Maddie, estes alegados crimes não teriam vindo à luz”, disse à AFP.
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