No final de uma reunião preparatória que juntou hoje, na Marinha Grande, autarcas da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) e elementos das casas Civil e Militar do Presidente da República, o chefe da Casa Civil, Frutuoso de Melo, disse à agência Lusa que no dia 08 de junho as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas passam por Leiria.
Já no dia 09, as celebrações prosseguem em Figueiró dos Vinhos, onde estará patente uma exposição militar, e Castanheira de Pera, onde decorrerá a receção ao corpo diplomático.
Ainda no dia 09, de acordo com o programa que está a ser trabalhado, a cerimónia do içar da bandeira nacional vai realizar-se no memorial às vítimas dos incêndios de 2017, erguido junto à Estrada Nacional 236-1, na zona de Pobrais, Pedrógão Grande, sendo que as cerimónias oficiais do Dia de Portugal, em 10 de junho, decorrem neste concelho.
Neste dia, está prevista ainda, na Universidade de Coimbra, uma sessão solene comemorativa dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões, adiantou Frutuoso de Melo.
As comemorações estendem-se às comunidades portugueses de Genebra e Zurique, na Suíça, nos dias 11 e 12 de junho.
Quando assumiu a chefia do Estado, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa lançou, em articulação com o primeiro-ministro, António Costa, e com a participação de ambos, um modelo inédito de duplas comemorações do 10 de Junho, primeiro em Portugal e depois junto de comunidades portuguesas no estrangeiro.
Em 27 de junho de 2023, o Presidente da República defendeu que a celebração do Dia de Portugal em 2024 deveria realizar-se na zona afetada pelos grandes incêndios de Pedrógão Grande.
“Esse sinal de vida [para o território afetado pelos fogos] poderia ser […] a junção de municípios aqui no Centro, para preparar a celebração do Dia de Portugal, tendo como ponto principal estes três municípios [Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos], mas abrangendo a comunidade intermunicipal”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia de homenagem às vítimas dos incêndios de 2017, junto ao memorial, onde constam os nomes das 115 vítimas mortais dos fogos daquele ano.
Os incêndios que deflagraram em junho de 2017 em Pedrógão Grande e que alastraram a concelhos vizinhos provocaram a morte de 66 pessoas, além de ferimentos a 253 populares, sete dos quais graves.
Os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.
Mais de dois terços das vítimas mortais (47 pessoas) seguiam em viaturas e ficaram cercadas pelas chamas na Estrada Nacional 236-1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no interior norte do distrito de Leiria, ou em acessos àquela via.
Os incêndios de outubro de 2017 na região Centro provocaram 49 mortos e cerca de 70 feridos, registando-se ainda a destruição, total ou parcial, de cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas.
A CIMRL integra os Municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.
Em 2023, as comemorações decorreram no Peso da Régua e junto das comunidades portuguesas na África do Sul, em 2022 em Braga e no Reino Unido, em 2021 apenas no Funchal devido à pandemia, em 2020 em Lisboa também por causa da covid-19, em 2019 em Portalegre e em Cabo Verde, em 2019 em Ponta Delgada e nos Estados Unidos, em 2017 no Porto e no Brasil e em 2016 em Lisboa e em França.
Comentários