Na quinta semana de audições, após 10 personalidades ouvidas, de uma lista de cerca de seis dezenas, a comissão de inquérito acelera os trabalhos e entre hoje e quinta-feira recebe os representantes de sete sindicatos e a Comissão de Trabalhadores da TAP.
A partir das 14h30 de hoje, são ouvidos os dirigentes do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarróias, do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), Paulo Duarte, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac), Pedro Figueiredo, e do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), Tiago Lopes.
Na quinta-feira, é a vez de serem recebidos pela comissão de inquérito a coordenadora da Comissão de Trabalhadores da TAP, Cristina Carrilho, e os dirigentes do Sindicato dos Aeroportos de Manutenção e Aviação (Stama), João Varzielas, do Sindicato Independente de Pilotos de Linhas Aéreas (SIPLA), João Leão, e do Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (Sitema), Jorge Alves.
O plano de reestruturação que está a ser executado na TAP impôs cortes salariais aos trabalhadores, contribuindo para um clima de instabilidade social na empresa, com várias manifestações e uma greve de tripulantes de cabine, em dezembro, que teve um impacto de cerca de oito milhões de euros na companhia aérea.
A indemnização de meio milhão de euros paga à ex-administradora e ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, foi criticada pelos sindicatos, tendo o SPAC pedido a demissão dos presidentes do Conselho de Administração da TAP, Manuel Beja, e da Comissão Executiva, Christine Ourmières-Widener.
A 6 de março, na sequência das conclusões de uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), que funciona na direta dependência do ministro das Finanças, os ministros Fernando Medina e João Galamba anunciaram a exoneração com justa causa dos presidentes da companhia aérea, que foi com a substituição por Luís Rodrigues, que assumiu os dois cargos em 14 de abril.
Em carta aberta ao novo presidente, os sindicatos representativos dos trabalhadores da TAP exigiram o fim dos cortes salariais e a reintegração dos funcionários despedidos, para que seja restabelecida a paz social na companhia aérea.
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