“Posso confirmar que uma comitiva diplomática norte-americana ficou sob fogo” no Sudão, na segunda-feira, disse Anthony Blinken.
“Todo o nosso pessoal encontra-se são e salvo”, mas este é um “ato irresponsável”, acrescentou o responsável, no final de uma reunião de dois dias dos ministros dos Negócios Estrangeiros do Grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) na cidade japonesa de Karuizawa.
Os confrontos entre o exército regular sudanês do general Abdel Fattah al-Burhane e as forças paramilitares do antigo aliado general Mohamed Hamdane Daglo, conhecido como “Hemedti”, já causaram pelo menos 185 mortos e 1.800 feridos, desde sábado, indicou a ONU.
O enviado da ONU Volker Perthes disse aos jornalistas que os dois lados estão a utilizar tanques, artilharia e outras armas pesadas em áreas densamente povoadas.
Também jatos de combate e fogo antiaéreo iluminam e disputam os céus, enquanto nas ruas de Cartum há corpos à espera de serem resgatados devido aos confrontos marcados por tiros e explosões.
Milhares de pessoas permanecem desde então nas suas casas ou em outros abrigos, com os mantimentos a esgotarem e vários hospitais a serem forçados a encerrar os serviços.
Face à tragédia em curso, diplomatas de diferentes países tentaram sem êxito negociar uma trégua, e o Conselho de Segurança da Nações Unidas foi convocado para discutir a crise.
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