Segundo um comunicado da Câmara de Águeda, no distrito de Aveiro, o apoio do Fundo Ambiental e do Instituto da Conservação da Natureza e das Floresta (ICNF) permite avançar com o processo para adquirir um novo equipamento, “mais moderno e com maior capacidade de remoção dos jacintos”.
“A Câmara Municipal de Águeda conseguiu a garantia de financiamento, até 700 mil euros, por parte do Fundo Ambiental e ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) para a aquisição de uma nova ceifeira aquática para remoção dos jacintos-de-água na Pateira de Fermentelos”, refere o município.
A nova ceifeira irá substituir a que é atualmente utilizada e que tem já 18 anos, sendo usada na Pateira de Fermentelos e cedida a outros municípios para trabalhos semelhantes em outros rios.
Segundo a autarquia, a nova ceifeira permitirá aumentar a capacidade de resposta e o desempenho do município na remoção e controlo daquela espécie invasora.
“Com este financiamento conseguimos adquirir um equipamento mais moderno e com maior capacidade de remoção desta vegetação aquática que é extremamente nociva para a sustentabilidade dos ecossistemas e sobrevivência das espécies endógenas da nossa Pateira”, declarou o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida.
Jorge Almeida reconhece que a retirada dos jacintos “é uma operação com alguma complexidade” e admite ser impossível extinguir completamente a infestante.
“Só seria possível com recurso a meios químicos ou biológicos, para os quais não é garantida a necessária segurança, sobretudo neste ecossistema tão sensível”, explica Jorge Almeida.
A Pateira de Fermentelos é a maior lagoa natural da Península Ibérica, abrangendo os concelhos de Águeda, Oliveira do Bairro e Aveiro, caracterizada pela biodiversidade faunística e florística.
Nos últimos anos assistiu-se à proliferação descontrolada dos jacintos-de-água (Eichhornia crassipes), “com graves consequências para o equilíbrio do ecossistema, tais como o impedimento de trocas gasosas entre a água e o ar, podendo originar a morte da fauna e flora autóctones”.
Comentários