Marcelo Rebelo de Sousa visitou hoje o Porto Oceânico da Praia da Vitória, que fica a seis quilómetros de distância da base das Lajes, e para o qual estão projetados um terminal de contentores e um posto de armazenamento e distribuição de gás natural liquefeito, com recurso a concessão a privados.
O chefe de Estado manifestou-se “muito impressionado” com essa “visão de futuro” e sustentou que, “além do negócio, da componente económica, há uma componente geoestratégica” associada às novas infraestruturas que estão planeadas para este porto dos Açores.
Questionado se pensa que o porto pode ser um bom substituto da base das Lajes, onde se mantém uma presença militar norte-americana, mas que tem sido reduzida, o Presidente da República começou por dizer que “não estava a pensar nisso, estava a pensar para além disso”.
“O porto tem, obviamente, por si mesmo, esse valor estratégico”, prosseguiu, argumentando que “é importante obviamente para a Europa, mas para as Américas do Norte, do Centro e do Sul, para África”.
No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa acabou por acrescentar que o porto “é capaz de completar” a base das Lajes, porque “tudo tem a ver com tudo na vida”.
“Nós descobrimos isso à medida que envelhecemos. Mas o projeto do porto, em si mesmo, e da sua concessão, tem uma grande importância para o futuro da ilha e para o futuro da região e, portanto, para o país”, considerou.
O Presidente da República afirmou que espera estar “não só vivo como operacional” para assistir à conclusão das novas infraestruturas, e elogiou o facto de se estar a planear “para o médio-longo prazo”.
O chefe de Estado enalteceu também “a própria ideia da concessão”, declarando-se convicto de que os grupos privados “não deixarão de se interessar, porque é estrategicamente muito importante a posição deste porto”.
No seu entender, este “é um projeto que depois arrasta outros projetos”, com “um efeito multiplicador”, porque “recorre àquilo que já é uma forma de futuro de abastecimento”.
“Em torno desse projeto surgirão necessariamente outros investimentos. Não há nada como um porto com esta visão de futuro para arrastar outros investimentos produtivos”, reforçou.
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