Contactado pela agência Lusa sobre a conclusão da fase de receção de candidaturas, a 22 de abril, fonte do Opart lembrou que se irá seguir a fase de seleção prévia, que tem a duração de 30 dias, segundo o regulamento do concurso internacional.
"Trata-se de um resultado muito positivo para a imagem da CNB e demonstrativo do interesse que este concurso suscitou junto de profissionais e personalidades do meio cultural e artístico, nacional e internacional", sublinhou o Opart num comunicado de resposta enviado à Lusa.
O atual diretor da companhia, Carlos Prado, irá terminar o seu mandato a 31 de agosto deste ano, tendo o Opart lançado a 22 de março o concurso para a nova direção artística da CNB, que terá um mandato com duração de quatro anos, de 02 setembro de 2024 até 31 agosto de 2028, podendo ser renovado duas vezes por períodos iguais.
Na avaliação dos 46 candidatos serão critérios o percurso profissional e artístico, experiência de direção artística ou semelhante e de gestão de equipas artísticas, “qualidade e consistência da carta programática apresentada quanto à sua singularidade, pertinência, sustentabilidade e inovação”.
De seguida, o júri irá deliberar sobre as candidaturas que devem ser admitidas à fase de entrevista.
O júri do concurso será dirigido pela presidente do conselho de administração do Opart, Conceição Amaral, e composto por Rui Morais, vogal da administração do Opart, Mark Deputter, administrador e diretor artístico da Fundação Culturgest, Olga Roriz, coreógrafa e diretora da Companhia Olga Roriz, e Ted Brandsen, coreógrafo e diretor artístico do Ballet Nacional Neerlandês.
Carlos Prado sucedeu em 2021 a Sofia Campos, que ocupava o cargo desde 2018.
Fundada por iniciativa governamental em 1977, a CNB tem como missão a preservação e divulgação de reportório mundial, através da produção de espetáculos de bailado clássico e a apresentação de coreografias contemporâneas de criadores nacionais e estrangeiros.
Da sua história fazem parte as primeiras produções profissionais em Portugal de bailados clássicos em versão integral como "O Lago dos Cisnes", "Dom Quixote", "La Sylphide", "Coppélia", "Romeu e Julieta", "O Pássaro de Fogo" ou "A Sagração da Primavera", bem como um trabalho de releitura destas obras canónicas.
No âmbito do concurso internacional, a pessoa que ocupar a direção artística vai ser coadjuvada por um adjunto, a ser designado pelo conselho de administração do Opart.
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