Em comunicado, a autarquia avança que este troço, que está localizado na Estada Nacional 222 (EN222) e compreende a extensão entre a avenida D. João II e os Arcos do Sardão, implica um investimento de cerca de 3,8 milhões de euros.

O projeto enquadra-se “na requalificação e reordenação total daquela avenida, um eixo viário municipal estruturante que liga diversas freguesias e se afigura como uma das vias mais importantes no panorama viário concelhio”, lê-se na nota.

“Isto significa o arranque de um processo de melhoria da mobilidade e do transporte público em Vila Nova de Gaia. São percursos em via dedicada, ou seja, em faixa dedicada ao transporte público que será partilhada exclusivamente pelas bicicletas elétricas e veículos elétricos. Na prática, são corredores ‘bus' em solução pré-metro, ou seja, ligações entre pontos num modelo próximo de ‘shuttle’”, explica o presidente da Câmara, Eduardo Vítor Rodrigues.

A Câmara de Gaia, distrito do Porto, sublinha que “o objetivo passa por inserir corredores metrobus ao longo da avenida, cumprindo-se as intenções de redução das emissões de CO2 através da melhoria de condições para o transporte público e para a mobilidade suave”.

Em causa, continua a explicar a autarquia, está um sistema de transporte público baseado no uso de autocarros, que visa combinar a capacidade e a velocidade do metro com a flexibilidade, o baixo custo e a simplicidade de um sistema de linhas de autocarros.

O metrobus opera numa faixa de rodagem exclusiva, para evitar o congestionamento do trânsito, e inclui estações, veículos e sistemas inteligentes de tráfego num sistema integrado e flexível.

“Quer no que se refere ao consumo energético, quer às emissões, a solução tem impactos positivos, implicando menor utilização do transporte individual”, realça a autarquia no comunicado.

Depois do troço na EN 222, seguir-se-á a extensão da solução até à rotunda de Avintes e, posteriormente, até Lever.

Soma-se a esta empreitada, conforme adiantou Eduardo Vítor Rodrigues a 16 de maio, em declarações à agência Lusa, um segundo troço de metrobus entre Grijó/Santo Ovídio em direção à Autoestrada 1 (A1), e um terceiro na Avenida do Atlântico (Madalena).

Nessa data, o autarca sublinhou que "valoriza muito o metro", mas "tem noção" que este "ainda não pode chegar a todo o lado", razão pela qual quer apresentar à população "soluções igualmente ágeis" que "garantam boas condições às pessoas para deixarem o carro em casa e para usarem o transporte público".

Os metrobus de Vila Nova de Gaia terão material circulante novo, com capacidade para cerca de 130 pessoas com modo de bilhética ‘Andante' e níveis de velocidade e frequência superiores a um normal autocarro.