O projeto de construção da futura UCC, com capacidade para 30 camas, foi apresentado no salão nobre da Câmara, cujo presidente, o socialista Nuno Moita, disse aos jornalistas que o empreendimento deverá ser candidatado aos fundos da União Europeia, na sua programação para a próxima década.
“Uma coisa é certa: nem a fundação, nem a Câmara Municipal irão deixar que aquele edifício fique assim”, afirmou Nuno Moita, numa alusão ao imóvel que no passado acolheu o Centro de Saúde de Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra.
Trata-se de um prédio que integra o património da Fundação Hospital D. Ana Laboreiro D’Eça, cuja direção é presidida pelo padre Idalino Simões, presente na conferência de imprensa em que o arquiteto Luís Flório fez a apresentação do projeto.
O imóvel centenário “faz parte do imaginário público”, sublinhou o arquiteto, indicando que a fachada original será preservada, bem como “a mesma matriz de cor” azul.
“Vamos manter o que existe, não adulterando a história” do edifício, disse o autor do projeto.
Para Nuno Moita, este “é um caminho irreversível”, em cumprimento de uma promessa que, nas autárquicas de 2017, ele próprio assumiu enquanto recandidato do PS à presidência da Câmara.
Da entidade proprietária do antigo Centro de Saúde, cujo nome será abreviado para Fundação D. Ana Laboreiro D’Eça após o esperado reconhecimento pelo Conselho de Ministros, fazem parte a autarquia, a Santa Casa da Misericórdia de Condeixa-a-Nova e a Igreja Católica, através da paróquia local.
“A fundação tem um património imobiliário rico. Não é um projeto que vamos deixar cair”, assegurou Nuno Moita.
A UCC, na sua opinião, é um equipamento “que poderá ser acarinhado pela Segurança Social”.
Idalino Simões, por sua vez, vincou que a Segurança Social, para poder financiar o funcionamento da futura Unidade de Cuidados Continuados, “não aceitaria um projeto que estivesse ligado” ao Serviço Nacional de Saúde.
O arquiteto Luís Flório informou que as obras de adaptação do edifício, com três pisos, incluem uma ampliação do espaço na ordem dos 500 a 600 m2.
Também a vice-presidente da Câmara, Liliana Pimentel, realçou que, nesta fase do processo, “há uma abertura” da Segurança Social quanto à viabilidade do projeto, depois de encontros realizados com a participação de Luís Flório.
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