Francisco Calheiros foi um dos oradores das jornadas parlamentares do Chega, que decorrem hoje e terça-feira em Castelo Branco, num painel sob o tema “Potenciar a economia portuguesa”.

Associações que disponibilizam apoio a migrantes:

JRS Portugal — O gabinete jurídico "tem como objetivo assessorar juridicamente os utentes no seu processo de regularização, bem como emitir pareceres e orientações técnicas internas em matérias de Lei de Estrangeiros, Lei de Asilo e legislação acessória". Saiba mais aqui.

Renovar a Mouraria — Centrada na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, esta associação ajuda com os processos de regularização de quem "vive, trabalha, estuda ou tem filhos que estudam" naquela zona. Conheça o projeto aqui.

Lisbon Project — Este projeto tem como objetivo "construir uma comunidade que integra e capacita migrantes e refugiados". Nesse sentido, tem também disponível um gabinete de apoio jurídico. Fique a par de tudo aqui.

Mundo Feliz — Esta associação ajuda os imigrantes no processo de regularização em Portugal e também na procura de emprego, entre outros serviços. Saiba mais aqui.

Linha de Apoio ao Migrante — Esta linha "tem como principal objetivo responder de forma imediata às questões mais frequentes dos migrantes, disponibilizando telefonicamente toda a informação disponível na área das migrações e encaminhando as chamadas para os serviços competentes". Contactos: 808 257 257 / 218 106 191. Mais informações aqui.

“A falta de mão de obra é realidade. Tem sido ultrapassada pela imigração, e eu acho que não há outra maneira de o fazer”, defendeu.

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal considerou necessário “criar condições para que eles venham, para que não haja filas intermináveis nos serviços, para que tenham habitação, contrato de trabalho e para que possam ter todas as condições para serem integrados, como portugueses querem que sejam”.

No mesmo painel, o deputado do Chega Filipe Melo não subscreveu esta posição.

“Nós não precisamos de imigrantes para acabar com a falta de mão de obra, precisamos é de acabar com o RSI, para por os que andam a receber [este subsídio] a trabalhar, e assim não precisar de imigrantes”, afirmou, defendendo que “esse é o ponto prévio para a economia funcionar”.

Numa segunda intervenção, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal refutou: “podemos por todas as pessoas que recebem o RSI [nos postos de trabalho agora ocupados por imigrantes], porém não chega”.

Francisco Calheiros falou também no aeroporto, considerando que “é o maior constrangimento” para o turismo, e defendeu a localização do Montijo.

“Não discuto Alcochete, que seja. A minha questão é, daqui até lá o que fazemos?”, atirou.

Sobre a TAP, o dirigente afirmou que a companhia aérea “é determinante” e defendeu a manutenção do ‘hub’ na privatização.

Francisco Calheiros considerou ainda que não existe “turismo a mais”, mas sim “economia a menos” e “uma gestão do turismo no território a menos e errada”.

Apontando que o “turismo vai ser a indústria que mais vai crescer”, sustentou que o país tem de aproveitar essa vaga.

O deputado do Chega defendeu que “o Estado tem de ter sempre controlo sobre a TAP” e concordou quanto à importância do ‘hub’ de Lisboa.

“Não podemos querer que a Lufthansa fique com um dos maiores ativos nacionais, é imprescindível mantermos o ‘hub’ de Lisboa”, disse, alertando também para a continuação da manutenção das rotas de ligação à diáspora, dos postos de trabalho e as compras em território nacional.

Sobre o aeroporto, Filipe Melo disse estar convicto de que “não vai ser em Alcochete, garantidamente” e que a escolha desta localização foi “uma manobra de diversão” do Governo para “tentar comprar a abstenção do PS no Orçamento do Estado”.

“Miguel Pinto Luz sabe que Alcochete não é viável”, argumentou, acusando o ministro das Infraestruturas de mentir aos portugueses.