Os membros do Conselho de Redação (CR), reunidos em 03 de agosto com o diretor-geral da TVI, Nuno Santos, deram “um parecer positivo” às nomeações apresentadas para a direção de informação, depois de “analisada a informação curricular disponibilizada, bem como os traços gerais da estratégia que a nova” equipa liderada por Anselmo Crespo “se propõe levar a cabo”, lê-se no comunicado.
A direção de informação da TVI, que assume funções dentro de menos de um mês, tem Anselmo Crespo como diretor e Lurdes Baeta como diretora-adjunta, contando com Pedro Mourinho, Joaquim Sousa Martins e Pedro Benavides como subdiretores.
“Julgamos que os jornalistas indigitados têm experiência suficiente e relevante para os cargos que vão exercer, e que estão asseguradas as condições para uma transição sem percalços com a inclusão de duas pessoas com largo conhecimento interno da empresa e da redação”, referem os membros eleitos do CR da TVI.
“O CR concorda com as linhas gerais estratégicas para a Informação da TVI que lhe foram apresentadas pelo diretor-geral”, acrescenta, congratulando-se ainda com “a decisão de recuperar a estrutura de editorias para a redação já a partir de setembro, tanto mais que reflete uma aposta assumida na valorização das especializações dos profissionais da empresa”.
O órgão “não pode deixar de saudar o anúncio de que a nova direção de informação e o diretor-geral já estão a trabalhar na criação de um plano de carreiras — que foi, aliás, alvo de um acordo prévio entre a empresa e os trabalhadores – e de um regime de avaliação e valorização profissional”, apontando que “esses passos são indispensáveis para que os jornalistas da TVI se sintam plenamente envolvidos neste esforço crucial de recuperar audiências e rendimentos para a empresa”.
O Conselho de Redação alerta a nova direção para “a enorme desmoralização de uma redação que tem sentido sistematicamente, ao longo de uma década ou mais, que está sempre no fim da lista de prioridades da empresa – se é que chega a fazer parte dela, de todo”, refere, no comunicado.
“Assim, parece-nos não só justo, como absolutamente essencial ao bom desempenho económico da empresa, que essa situação seja corrigida a muito curto prazo”, apontando que o plano de carreiras e regime de avaliação e valorização profissional “são objetivos de médio/longo prazo para a próxima” direção de informação.
“Quanto tempo se calcula ser necessário para que essas medidas sejam implementadas”, questiona o CR, sublinhando que “sem profissionais motivados, o plano que a nova” direção se propõe cumprir poderá ficar “condenado ao insucesso”.
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