Ao 12.º dia, delegações de dezenas de países terão que conciliar interesses e vontades no que toca ao combate às alterações climáticas, com apelos recorrentes quer da sociedade civil quer da própria presidência da conferência e nas Nações Unidas para que sejam adotadas, pelo menos na linguagem, metas mais ambiciosas.
Prazos para chegar à neutralidade carbónica – em que cada país emite tanto dióxido de carbono quanto é capaz de absorver com a sua floresta -, contribuições para o fundo climático verde e a regulação do mercado de licença de emissões eram pontos que até quinta-feira à noite não tinham tido consenso.
A própria ministra do Ambiente do país anfitrião (Espanha), Teresa Ribera, admitiu que as nações participantes andam a duas velocidades: uns querem acelerar e aumentar a ambição das metas, outros não querem sair do que já se debate há quatro anos, desde a assinatura do acordo de Paris.
Durante uma das suas intervenções no plenário da COP25, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que cabe aos países mais poluentes tomar a dianteira, cumprir e reforçar os seus compromissos para limitar o aquecimento global até ao fim do século a 1,5 graus acima do que se verificava na era pré-industrial.
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