Em declarações à agência Lusa, o dirigente do Sindicato de Todos Os Professores (S.TO.P.), André Pestana, adiantou que os professores, funcionários, alunos, pais e avós da escola juntaram-se às 08:00 junto ao estabelecimento de ensino, numa chamada de atenção para o amianto nas escolas e a necessidade da sua retirada em segurança.
Na origem do cordão humano, que está inserido numa greve nacional que o S.TO.P vai levar a cabo até dia 18, está a exigência de retirada do amianto das escolas portuguesas, que “deve realizar-se o mais rapidamente possível obedecendo a todas as normas de segurança”.
"Para esta escola, está prevista retirada de amianto em 2020, mas nós queremos que as coisas se acelerem", disse.
André Pestana explicou que ainda não sabe onde será a próxima paralisação, mas adiantou que há muitas escolas interessadas em juntar-se a este protesto.
Este é o segundo protesto num estabelecimento de ensino, tendo-se realizado outro, que levou ao encerramento da Escola Dom Domingos Jardo, em Mira Sintra, no distrito de Lisboa.
O pré-aviso de greve até dia 18 abrange todos os funcionários e não apenas professores, uma vez que o S.TO.P., que começou por ser apenas um sindicato representativo da classe docente, promoveu alterações aos seus estatutos, que já entraram em vigor, para poder representar todos os trabalhadores das escolas.
De acordo com o S.TO.P., há cerca de 100 escolas onde o amianto continua a ser um problema para alunos, professores, funcionários e até pessoas que vivem nas proximidades. Muitos desses estabelecimentos foram alvo de intervenções para a retirada dessa substância, considerada cancerígena, mas o trabalho de remoção foi mal feito, segundo o porta-voz do sindicato.
O S.TO.P. exige a retirada do amianto das escolas, lembrando que “põe em perigo diariamente milhares de crianças, encarregados de educação e profissionais de educação”.
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