Em comunicado, a Direção-Geral da Saúde (DGS) diz que "relativamente ao surto de pneumonia por novo Coronavírus (2019-nCoV), com início na China, a Direção-Geral da Saúde informa que está a ser avaliado o primeiro caso suspeito de infeção por novo Coronavírus (2019-nCoV), em Portugal".
O órgão de saúde indica tratar-se de um doente "regressado hoje da China, onde esteve na cidade de Wuhan (província de Hubei) nos últimos dias", mas que "já se encontra sob observação no Hospital de Curry Cabral em Lisboa, Hospital de Referência para estas situações"
A DGS indica, no entanto, que a "situação clínica" do doente "está estável" e que se aguardam "os resultados das análises laboratoriais em curso, para atualização desta informação".
Os primeiros casos do vírus “2019 – nCoV” apareceram em meados de dezembro exactamente na cidade chinesa de Wuhan, capital e maior cidade da província de Hubei, no centro da China, quando começaram a chegar aos hospitais pessoas com uma pneumonia viral.
Os sintomas destes coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.
O novo vírus, que causa pneumonia, foi detetado na China no final de 2019, e já provocou a morte a pelo menos 41 pessoas e infetou mais de 1.300 em vários países.
Além do território chinês, foram confirmados casos em Macau, Hong Kong, Tailândia, Taiwan, Coreia do Sul, Japão, Estados Unidos, Malásia, França e Austrália.
As autoridades chinesas consideram que o país está no ponto "mais crítico" no que toca à prevenção e controlo do vírus e colocaram em quarentena 13 cidades.
Os sintomas associados à infeção causada por este novo coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.
Em Portugal, a DGS já tinha ativado os dispositivos de saúde pública de prevenção, enquanto o Centro Europeu de Controlo de Doenças elevou para “moderado” o risco de contágio na União Europeia, continuando a monitorizar a situação e a realizar avaliações rápidas de risco.
Uma fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, disse hoje à Lusa que as autoridades portuguesas estão a cooperar com outros países europeus para reforçar o apoio aos cidadãos nacionais que se encontram em Wuhan e admitiu a possibilidade de serem retirados daquela cidade.
Um dos cenários, adiantou a mesma fonte, é o de retirar os portugueses daquela cidade, “se isso for viável à luz das regras de saúde pública”.
Duas dezenas de portugueses tinham sido referenciados na sexta-feira, pelo Governo, como residentes ou em visita a Wuhan.
Segundo o gabinete governamental, destes 20 cidadãos, “14 pessoas estavam já registadas como residentes em Wuhan junto da embaixada de Portugal em Pequim”.
A embaixada tem remetido “para as recomendações formuladas no Portal das Comunidades Portuguesas”.
No alerta, publicado no portal na passada quinta-feira, as autoridades portuguesas recomendam aos viajantes que “reconsiderem a realização de deslocações não essenciais à China”.
“Em geral, os viajantes devem permanecer atentos ao constante evoluir da situação, bem como às informações divulgadas nos portais da Direção-Geral da Saúde, do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) e da Organização Mundial da Saúde”, lê-se ainda na mensagem.
Além disso, o Portal das Comunidades aconselha o registo das deslocações na aplicação Registo Viajante, e pede aos residentes, que caso não o tenham ainda feito, procedam à sua inscrição consular ou à respetiva atualização junto do posto com jurisdição sobre a área de residência.
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