Eunice Muñoz, de 93 anos, voltou hoje ao Teatro Nacional D.Maria II no dia em que assinala 80 anos desde que se estreou neste palco.
Oito décadas depois da estreia profissional com “Vendaval”, Eunice Muñoz subiu hoje ao palco com a neta, Lídia Muñoz, para representar “A margem do tempo”, a peça com que se despede da carreira.
No final da sessão, a que assistiram o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e a ministra da Cultura, Graça Fonseca, foi prestada uma homenagem à atriz.
Nessa altura, o primeiro-ministro subiu ao palco e disse ser para si e para todos os presentes “um enorme privilégio” poder “testemunhar 80 anos da sua carreira”.
“Em nome de todos os que aqui estamos, de todos os que a viram e consigo sorriram, choraram, pensaram, amaram ao longo destes 80 anos, muito, muito obrigado por tudo o que fez pelo teatro, por tudo o que fez pelo seu público”, disse.
Num curto discurso, fez também um pedido a Eunice Muñoz: “Por favor nunca perca esse sorriso, porque esse é um dos sorrisos mais bonitos que há no mundo”.
Antes, em declarações aos jornalistas à chegada ao teatro, o chefe de Governo classificou como "um momento único poder homenagear alguém que ao longo de 80 anos esteve sempre presente nos palcos", assinalando que "no palco onde se estreou aos 13 anos, aqui se despede aos 93 anos".
"É uma pessoa por quem todos os portugueses têm um enorme carinho, os que a puderam ver em palco, os que a puderam ver através da televisão, os que a puderam ver através do cinema, e é muito bonito que aos 93 anos ainda aqui esteja, mais uma vez no palco, para dizer adeus ao seu público", salientou António Costa.
Também a ministra da Cultura subiu ao palco para a homenagem, deixando um agradecimento à "querida Eunice Muñoz", e declamou o poema "Green God", de Eugénio de Andrade, de que "a Eunice gosta muito e recitava muito".
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