O investimento público é “absolutamente essencial” para, em caso de “maior abrandamento da economia”, poder haver compensação e, assim, o país conseguir manter níveis de crescimento elevado e criação de emprego, e não voltar a passar pelas crises que passou, sustentou o chefe do Governo.
António Costa falava no lançamento do concurso para a compra de 22 novos comboios da CP, na estação de Marco de Canaveses, no distrito do Porto.
“O país é um país adulto e sabe que não é possível fazer tudo já, mas sabe que com persistência, determinação e passo a passo vamos fazer tudo o que necessitamos”, referiu.
O primeiro-ministro disse existirem “boas razões” para os portugueses acreditarem que o caminho de melhoria das contas públicas pode prosseguir.
“Temos de saber bem o que queremos para o nosso país, temos de acreditar que, se fizermos as coisas bem feitas, pela forma certa, mantendo as contas certas, com determinação e ambição, conseguiremos fazer o que desejamos. Isto não é otimismo, é realismo”, vincou.
Costa recordou que há três anos muitos não acreditavam que Portugal tivesse hoje o défice que tem, pudesse reduzir o desemprego, conseguisse convergir com a União Europeia, melhorasse os rendimentos das famílias e relançasse o investimento público.
“O país viveu uma crise económica e financeira profunda, mas felizmente vencemos a crise financeira. Hoje o país pode orgulhar-se de ter um dos défices mais baixos da União Europeia e de ter começado a reduzir a dívida pública. Do ponto de vista económico, o país, felizmente, inverteu a situação de recessão para crescimento”, recordou.
Recuando aos dois últimos anos, o primeiro-ministro lembrou que foram os primeiros dois anos deste século em que Portugal conseguiu crescer mais do que a média da União Europeia, sendo esta também uma ambição para este ano e seguintes.
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