Estas posições foram transmitidas por António Costa na sua conta na rede social Twitter, após ter recebido esta manhã em São Bento, em Lisboa, o vice-presidente brasileiro.
“O aprofundamento do relacionamento económico bilateral, na sequência da cimeira [Luso-Brasileira] e do Fórum de Negócios que realizámos em abril, é uma prioridade partilhada e em que estamos focados”, escreveu o líder do executivo português.
Na mesma mensagem, António Costa referiu que discutiu com Geraldo Alckmin “a importância de concluir o acordo União Europeia-Mercosul o mais rapidamente possível”.
Em sucessivas intervenções públicas, o primeiro-ministro tem salientado a importância deste acordo para a política externa da União Europeia, alertando que a Europa não pode confundir o seu objetivo de reforçar a autonomia estratégica com a adoção de políticas protecionistas.
António Costa tem também manifestado a sua esperança de que a presidência espanhola da União Europeia consiga dar um impulso decisivo para a conclusão do acordo comercial com o Mercosul.
Segundo a agenda oficial de Geraldo Alckmin, o programa desta sua deslocação a Lisboa começou hoje com um encontro com empresários brasileiros e inclui um almoço oferecido pelo Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém.
A meio da tarde, o vice-presidente do Brasil estará no encerramento do XI Fórum Jurídico de Lisboa, onde também estará presente Marcelo Rebelo de Sousa.
No seu primeiro ano enquanto chefe do Governo português, António Costa foi recebido por Geraldo Alckmin, na altura governador do Estado de São Paulo e que era então uma das figuras mais destacadas do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), no Palácio Bandeirantes, em setembro de 2016.
A principal mensagem do primeiro-ministro foi sobretudo de ordem económica e destinou-se a convidar o setor empresarial de São Paulo a investir em Portugal como porta de entrada para o mercado europeu.
“Penso que podemos ir à frente do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, porque os brasileiros gozam em Portugal de total igualdade de direitos e podem instalar no país empresas que antecipem a sua empresa na Europa. Estar já na Europa quando as portas forem abertas é estar dois passos à frente de todos os outros concorrentes”, sustentou o líder do executivo português.
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