No seguimento do plano de contingência da Universidade de Coimbra, a Associação Académica de Coimbra (AAC) apresentou o seu próprio plano, na noite de segunda-feira, que determina a "suspensão de todos os convívios e espaços recreativos", cancelamento de todos os eventos da Académica Start UC, encerramento do Campo Santa Cruz e suspensão de todas as atividades de desporto universitário e de competições internas.
Nesse sentido, todas as atividades das secções culturais e desportivas, bem como dos diversos núcleos de estudantes, ficam suspensas durante os próximos 15 dias, período em que a Universidade de Coimbra decidiu também suspender as aulas presenciais, afirmou hoje à agência Lusa o presidente da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (AAC), Daniel Azenha.
Segundo Daniel Azenha, no edifício da AAC, a sala de estudo fica encerrada e o bar, concessionado, vai passar a fechar às 00:00 a partir de quarta-feira para quinta-feira, quando antes encerrava às 06:00.
De acordo com o presidente da AAC, os eventos desportivos internos e universitários foram todos cancelados, bem como os treinos, sendo que ainda se está a tentar encontrar uma solução de treino e competição para atletas de alto rendimento.
"As federações desportivas ainda não deram indicação para cancelar as atividades", disse, estando à procura de soluções devido ao encerramento temporário do Estádio Universitário de Coimbra.
Daniel Azenha afirmou ainda que, de momento, não está em causa a realização da Queima das Fitas, que decorre em meados de maio, salientando que, caso seja necessário, a AAC e a comissão organizadora do evento não terão "qualquer problema" em cancelar a festa dos estudantes.
A Universidade de Coimbra anunciou, na segunda-feira, a aplicação do seu plano de contingência "com efeitos imediatos por um período de pelo menos 15 dias".
Esse plano determina a suspensão de aulas presenciais, "substituindo-se por métodos digitais para promoção de um ensino à distância a serem desenvolvidos nos próximos dias".
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro de 2019, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.
Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países e mais de 63 mil recuperaram.
Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.
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