A declaração do estado de “emergência nacional” ia permitir uma maior implicação das autoridades federais na gestão da crise sanitária, defendeu a primeira-ministra de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian.
Os responsáveis dos serviços de saúde daquele estado “indicaram que a situação que prevalece na Nova Gales do Sul, sobretudo nos subúrbios do sudoeste e oeste de Sydney, é considerada como uma emergência nacional”, disse a governante, que apelou ao Governo federal para que envie com urgência vacinas e recursos.
A Nova Gales do Sul anunciou 136 novos casos de covid-19, um novo máximo desde o início deste surto, identificado em junho, o que elevou para 1.782 o número total de pessoas infetadas.
Em causa está a variante Delta, inicialmente identificada na Índia e mais contagiosa.
A Austrália tem gerido com sucesso a pandemia, com políticas de contenção rápidas e localizadas, mas o lento programa de vacinação contra a covid-19 colocou-a ao nível de países em desenvolvimento, como Belize e Suriname, de acordo com o jornal The New York Times.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, admitiu um atraso de dois meses no calendário de vacinação, numa altura em que mais de metade da população continua confinada, devido a novos surtos.
As autoridades pretendiam vacinar toda a população até final de outubro, mas os dados atuais indicam que apenas 14% das pessoas com idade igual ou superior a 16 anos receberam as doses necessárias para completar a inoculação.
Sydney, a cidade mais populosa do país, com 5,3 milhões de habitantes, deverá estar confinada até 30 de julho.
As autoridades regionais mantêm também a população dos estados de Vitória e da Austrália do Sul confinada até dia 27.
A Austrália, que fechou as fronteiras em março de 2020, contabilizou pouco mais de 32 mil casos de covid-19 e 915 mortes desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.128.543 mortos em todo o mundo, entre mais de 191,9 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Comentários