Num ofício enviado à secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, a APBV manifesta preocupação com a falta de equipamento de proteção individual (EPI), o que está a levar a que as corporações de bombeiros estejam a atingir o limite da sua capacidade de intervenção, uma vez que “não têm condições de segurança para intervir” e prestar socorro aos doentes com covid-19.
Esta associação refere que tem recebido informações de muitas corporações de bombeiros de todo o país sobre a falta deste equipamento, alertando que os EPI estão a esgotar-se.
Para a APBV, esta situação “não é estranha”, tendo em conta que a maioria das corporações de bombeiros “apenas recebeu meia dúzia de equipamento de proteção individual por parte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), que é a entidade que tutela os bombeiros em Portugal”.
A associação realça que as corporações de bombeiros têm registado, nos últimos dias, um aumento do número de ocorrências no âmbito da pandemia de covid-19, o que fez também aumentar o uso dos EPI.
Segundo a APBV, há muitas corporações de bombeiros que estão prestes a ficar sem equipamentos de proteção individual para proteção dos seus operacionais.
“Existem já muitos bombeiros que estão a inventar o seu próprio equipamento, recorrendo a bricolage, existindo também muitos corpos de bombeiros de uma forma desesperada a tentar adquirir a todo o custo EPI, para que os seus homens e mulheres não corram perigos desnecessários”, refere a associação que representa os bombeiros voluntários.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.
Em Portugal, registaram-se 60 mortes, mais 17 do que na véspera (+39,5%), e 3.544 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 549 novos casos em relação a quarta-feira (+18,3%).
O país encontra-se em estado de emergência até 02 de abril devido à pandemia
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