Em declarações à Lusa sobre a proposta que vai à votação, quinta-feira, do executivo cabeceirense, distrito de Braga, para a criação de um Gabinete de Acompanhamento COVID-19, constituído por autarcas e técnicos do município, Francisco Alves referiu que será feita uma "análise caso a caso" e equacionadas "medidas de apoio à atividade económica".
O referido gabinete vai, por exemplo, "ver quais dos munícipes e empresas que necessitam efetivamente de uma espécie de perdão do pagamento de faturas de serviços municipais, cujo prazo para liquidação foi alargado para 90 dias.
"Temos que ser realistas e pensar que quando esta crise passar, seja lá quando for porque não é previsível, a atividade económica e familiar vai estar afetada. Mas temos também que ter noção que em alguns casos mais do que outros porque felizmente, por exemplo, nem todos os cabeceirenses vão ter perda de rendimento por estarem em teletrabalho", apontou.
Por isso, explicou, "a nova estrutura irá analisar caso a caso que lhe chegue para que a medida seja justa e também estudar outras medidas que venham a ser essenciais para o relançamento económico do concelho".
Francisco Alves adiantou que "até ao momento não há casos confirmados de residentes infetados" mas mostrou alguma apreensão com a vinda dos emigrantes para a Páscoa.
"Estamos habituados a que nesta altura haja um aumento de população na vila com a vinda dos nossos emigrantes. Eles estão a ser sensibilizados para a necessidade de cumprirem um período de quarentena, que não é fácil", disse.
O autarca destacou nesta questão a importância das Juntas de Freguesia: "Todas as nossas juntas (18) pela proximidade que têm com a população estão a fazer um trabalho crucial no contacto com quem chega para a sensibilização da quarentena e parece estar a dar resultado uma vez que a vila tem estado vazia", disse.
No entanto, nem sempre é assim.
"Há um ou outro caso reportado, mais problemático, mas nada de especial", referiu.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.
Portugal regista hoje 60 mortes associadas à covid-19, mais 17 do que na quarta-feira, e 3.544 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
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