“O que nós colocamos como grande preocupação ontem, e já tomamos posição junto da ministra do Trabalho, é que isso não vai garantir a preservação dos rendimentos dos trabalhadores, porque os trabalhadores vão ficar com dois terços do seu salário nesta situação e isto não é aceitável por parte da CGTP”, vincou.
Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário-geral do PCP, na sede dos comunistas, em Lisboa, a dirigente sindical defendeu que terá de existir “um acompanhamento muito grande de fiscalização da necessidade de haver ou não ‘lay-off’”".
O executivo anunciou segunda-feira um regime de 'lay-off' simplificado para as empresas que vejam a sua atividade "severamente afetada devido à epidemia" de Covid-19, por via do qual os trabalhadores terão a garantia de retribuições ilíquidas equivalentes a dois terços do salário até 1.905 euros, 30% suportado pelo empregador e 70% pela Segurança Social até um máximo de seis meses.
Para Isabel Camarinha, face aos avanços do novo corona vírus, as empresas têm que ser apoiadas mas é necessário garantir que esse apoio “não vai só para o lado das empresas mas que vai para o lado dos trabalhadores também”.
Quanto ao encontro com os comunistas, Isabel Camarinha revelou ter encontrado “uma grande disponibilidade” por parte do PCP, que acompanha a unidade sindical na “análise relativamente à situação que se vive no país, a necessidade de desenvolvimento do país, de aumento da produção nacional” bem como no aumento geral dos salários como forma de desenvolver a economia.
“Ficamos muito satisfeitos com o PCP nos demonstrar aqui que está disponível no plano político, para colocar aqui estas grandes prioridades e no plano institucional, poder apresentar também estas grandes questões para aprovação”, considerou.
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